terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Distrito 9 (District 9)


Em março de 82, uma grande nave alienígena paira sobre Johanesburgo, na África do Sul. Em vez de ataques contra a humanidade o que se encontra dentro da nave são vários alienígenas doentes com um único desejo: voltar para casa.

O ano agora é 2010 e sem conseguir tirar nenhuma vantagem tecnológica dos alienígenas, os “camarões” (como são chamados os Ets pelos locais) são colocados em um campo de refugiados chamado Distrito 9 e vivem enclausurados  em situações miseráveis, como uma grande favela, odiados pela população local e em conflito direto com os humanos. O governo resolve contratar a empresa MNU para realocar os ETs para uma área mais distante chamada distrito 10. O chefe dessa operação Wikus Van der Merwe (Sharlto Copley de Esquadrão Classe A) é exposto a uma química extraterrestre que acaba mudando seu DNA e ele se vê perseguido por aqueles que comandava.

Esse foi o filme mais impactante de 2010, nada como ele foi pensado alguma vez na história. Ele parece ser um mix de documentário com ficção científica e nos faz pensar em uma possibilidade que pode ser real. O paralelo que faz com o fato de se passar na África do Sul, palco do apartheid (regime de segregação racial adotado durante quase  50 anos , onde os negros tinham seus direitos comandados por uma minoria branca) mostra o quanto a idéia da obra é genial. Os efeitos especiais são impressionantes, os aliens são praticamente tocáveis (tipo os dinossauros do Jurassic Park), é tudo muito perfeito.

O jovem diretor e co-roteirista sul-africano Neil Blomkamp, mostra uma maturidade incrível e é a nova promessa por trás das câmeras. Vale lembrar que a produção é feita pelo tão quanto gênio Peter Jackson (diretor da trilogia Senhor dos Anéis). O longa concorreu a 4 Oscars em 2010: melhor filme, edição, roteiro e efeito visual. Uma pena que por causa da mente fechada dos membros da academia não ganhou nenhum, mas só por ter sido indicado na categoria mais importante, já é um avanço de lucidez dos jurados.

Aprecie essa obra-prima e reflita, que em nossa sociedade atual onde qualquer tipo de preconceito é altamente condenável, você fosse capaz de levar esses valores adiantes ou mudaria sua perspectiva pelo fato que deixamos de falar de seres desse planeta.


Um comentário:

  1. olha, concordo que o filme trata de um assunto polêmico de forma original... Não sei se foi pq td mundo dizia que era mto bom, mas qdo assisti, achei bem mais ou menos... Talvez minha expectativa estivesse alta demais, mas não sei, não curti não...

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