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domingo, 15 de janeiro de 2012

Histórias Cruzadas (The Help)




Durante os anos 60, Skeeter (Emma Stone de Superbad- É Hoje), uma jovem aspirante à escritora, começa a trabalhar no jornal local da cidade de Jackson, no Mississippi. Ela tem como função escrever uma coluna respondendo as leitoras sobre dúvidas de donas de casa, como não sabe nada sobre o assunto, Skeeter pede ajuda para as empregadas de suas amigas. Uma das empregadas em particular, Aibileen (Viola Davis de Dúvida), chama a atenção de Skeeter e a partir daí ela resolve escrever um livro sobre a realidade dessas empregadas que passam a vida criando os filhos de suas patroas brancas, em uma época onde o racismo imperava no estado.

Quando Vidas Cruzadas começa, não sabemos direito o que está por vir, porém, em uma das primeiras cenas, uma das mais doces já feitas, o longa já começa nos dizer que sua intenção é nos emocionar e ele consegue. Com um roteiro bem amarrado e interpretações magníficas, esse filme promete ser um dos melhores de 2011. Emma Stone, que faz a protagonista, acerta em cheio nesse papel e vamos ouvir muito dela em 2012, ela está em nada menos que  em duas superproduções, incluindo o novo Homem-Aranha. As empregadas Aibileen e Minny vividas por Viola Davis e Octavia Spencer (de Sete Vidas) respectivamente, são um show à parte, promovendo os melhores momentos do longa. O elenco ainda conta com Bryce Dallas Howard (de A Vila) que faz a preconceituosa Hilly, Jessica Chastain (de A Árvore da Vida) que faz a doce Celia e a grande Sissy Spacek (de Carrie, a Estranha, a própria) que faz a Sra. Walters, mãe de Hilly.

A direção é do novato Tate Taylor, que ficou conhecido no circuito independente do cinema americano com o cult Pretty Ugly People. Tate também assina esse roteiro que é uma adaptação do livro de Kathryn Stockett.

Vidas cruzadas é a melhor surpresa de 2011 até esse momento. Simplesmente imperdível.



domingo, 8 de janeiro de 2012

50‰ (50/50)



Adam (Joseph Gordon Levitt de A Origem) é um escritor de programas de rádio com 27 anos que é diagnosticado com um tipo raro de câncer na coluna. Com a ajuda de seu melhor amigo Kyle (Seth Rogen de O Besouro Verde), sua mãe Diane (Anjelica Huston de A Família Adams) e sua terapeuta Katherine (Anna Kendrick de Amor Sem Escalas), Adam tenta vencer a doença.

Inspirado em uma história real, o longa emociona e surpreende por tratar de um assunto tão delicado de forma sincera e hilária. Obviamente câncer e comédia não parecem combinar de jeito nenhum, porém aqui é possível rir sem sentir culpa e chorar logo depois, afinal a vida é exatamente assim, contraditória.

Sou suspeita para falar do elenco, pois amo cada um deles de uma forma especial. Joseph Gondon Levit, para quem não se lembra, fazia a maravilhosa série cômica 30 Rock From The Sun dos anos 90 e desde a minha adolescência sou fã incondicional dele. Depois de muito tempo ele está tendo a atenção que merece e veremos ele no terceiro filme da trilogia Batman Begins em um papel de destaque. Seth Rogen é o cara mais politicamente incorreto depois de Crhis Rock e Rafinha Bastos, respectivamente, e é impossível não rir de cada fala estúpida e grosseira que sai da sua boca. Ainda temos a grande dama do cinema Angélica Huston, tenho fascínio por ela desde criança e a única explicação para não estrelar mais filmes é a falta de interesse da indústria por atrizes que passaram dos 40 anos. Anna Kendrick ainda é um pouco desconhecida, mas coleciona discretos e bons papéis, aposto que ela vai ganhar um Oscar em breve. Por último temos a participação de Bryce Dallas Howard (de A Villa e filha, pasmem, do grande diretor Ron Howard) que faz a namorada desnaturada de Adam.

O filme é dirigido pelo desconhecido Jonathan Levine, que só por conseguir fazer um filme tão simples e especial, já merece atenção redobrada.

50‰ mostra que quando temos a mesma probabilidade de vencer ou perder, o que nos resta é apostar.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um Lugar Qualquer ( Somewhere)


Johnny Marco ( Stephen Dorff de Inimigos Públicos) é um típico astro de Hollywood, que enfrenta uma crise existencial. Em meio ao vazio que é a sua vida, ele tem a oportunidade de passar alguns dias com sua única filha Cleo (Elle Fanning de O Curioso Caso de Benjamin Button), uma garota de onze anos, a quem não vê com frequência.

Esse longa ganhou no ano passado o Leão de Ouro no Festival de Veneza, o prêmio máximo do festival, em meio à muita polêmica. A maioria dos críticos não concordaram com o júri oficial. Realmente concordo com os críticos, mas nem por isso deixa de ser um filme belíssimo.

O relacionamento pai-filha tem a profundidade certa e é tratado de forma tão natural e verdadeira que quase parece uma obra autobiográfica, afinal a diretora Sofia Coppola é filha do lendário diretor Francis Ford Coppola ( da trilogia O Poderoso Chefão) e conhece bem o que é ser filha de uma celebridade, no caso de Francis, um mito.

Stephen Dorff é um ator antigo, e apesar de já ter feito vários filmes, sua participação mais lembrada pelo público é no clipe clássico do Aerosmith, da música Crying (lembra dele com a Alicia Silverstone?). Esse é o melhor papel de sua carreira e ele faz perfeitamente, sem exageros. Elle Fanning, que é a irmã caçula da atriz Dakota Fanning (de Guerra dos Mundos) é uma surpresa à parte, com uma interpretação realista, ela é um dos protagonistas do ainda inédito no Brasil, Super-8, filme que está recebendo boas críticas de jornais e públicos americanos.

O filme é quase todo rodado no famoso Hotel Chateau Marmont localizado na Sunset Boulevard em Hollywood. O hotel sempre foi e é até hoje frequentado por vários artistas do cinema e da música, só para citar alguns: Keanu Reeves morou por vários anos em uma de suas suítes, James Dean, Jim Morrison do The Doors, Red Hot Chilli Peppers, Robert De Niro e muitos outros. A importância do hotel é tão grande que ele é, sem dúvida, o terceiro protagonista do longa. E para completar, a trilha sonora é a cereja do bolo, vale a pena incluir na sua playlist.

Escrito e dirigido por Sofia Coppola (de Encontros e Desencontros, Maria Antonieta), o longa impressiona pela capacidade que Sofia tem em contar histórias sem precisar de diálogos. A sua sensibilidade por trás das câmeras é rara, ela tem uma marca própria e escreveu a sua própria trajetória, apesar de ser filha de quem é.

Um Lugar qualquer  é uma obra simples, que nos faz entender a mágica do cinema em seus primórdios, imagens que valem mais que palavras.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Não Me Abandone Jamais (Never Let me Go)



Durante a infância, Kathy (Carey Muligan de Educação), Tommy (Andrew Garfield de A Rede Social) e Ruth (Keira Knightley de Piratas do Caribe) estudam em um colégio interno, na Inglaterra,  que tem o propósito de criar crianças para cumprirem um futuro trágico quando completarem vinte e tantos anos. Enquanto se tornam adultos a amizade entre os três e o triângulo amoroso define seus caminhos antes de enfrentarem seus destinos.

Filme lindíssimo e delicado sobre a fragilidade da vida, daquilo que não podemos mudar. Não é um filme para qualquer um, e quando digo isso não tenho a intenção de desmerecer ninguém, mas honestamente não é um longa para as massas. A história é tão diferente e bem narrada que me prendeu a todo momento. Vale lembrar que o filme é  a adaptação de um livro de grande sucesso de 2005 que foi considerado pela revista Times como o melhor livro da década. Sempre parece que algo está por vir, tentamos decifrar cada minuto que virá, sofremos pelo destino deles. O que torna o longa tão único é que na verdade é uma ficção científica onde drama é o principal, a ficção fica de fundo. Os três atores estão maravilhosos, todos já provaram que vieram para ficar. Justamente por não possuirem aquele  ar de atores hollywoodianos, nos envolvem mais durante a obra, dão a sensação de veracidade e se despem de qualquer beleza.

Dirigido por Mark Romanek (de Retratos de uma Obsessão) , que é conhecido por fazer videoclips musicais e documentários para artistas como Madonna, Michael Jackson e REM, entre outros. Mark consegue mostar a sua personalidade ao escolher um roteiro que foge da mesmice e com certeza é um visionário.

Prepare o lenço de papel e ao final de Não Me Abandone Jamais não estranhe se  sentir um vazio.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Discurso do Rei (The King's Speech)



A história real de como o Rei George VI (Colin Firth de O Diário de Bridgte Jones), da Inglaterra, tomou posse do trono depois da abdicação de seu irmão e sua luta para curar uma gagueira que o impedia de falar em público e adquirir respeito com a ajuda de um terapeuta nada convencional Lionel Logue (Geoffrey Rush de Shine-Brilhante) e de sua dedicada esposa, a Rainha Elizabeth (Helena Bonham Carter (de Clube da Luta).

Com um roteiro perfeitamente estruturado sobre a verdadeira saga do Rei George VI, esse longa é uma lição de superação em todos os sentidos. Ficamos impressionados com os dados históricos e maravilhados com a história de amizade entre Bertie (o Rei George) e Lionel.  O elenco está impecável e conta com uma interpretação estrondosa de Colin, Geoffrey e Helena, não é surpresa que estão sendo indicados nesse ano ao Oscar de melhor ator, ator coadjuvante e atriz coadjuvante respectivamente.

Dirigido pelo inglês Tom Hooper, o filme é uma verdadeira lição de cinema clássico, com enquadramentos perfeitos e fotografia, figurino, trilha Sonora, basicamente todos os elementos, impecáveis. A obra está concorrendo a 12 Oscars, inclusive melhor filme e melhor direitor.

Saber a importância de ouvir nossa voz interior e nos livrar dos medos, esse é o principal discurso dessa belíssima obra.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Vencedor (The Fighter)



Essa é a verdadeira história da trajetória do boxeador Micky Ward (Mark Wahlberg de Fim dos Tempos) e do seu problemático irmão Dicky Eklund (Christian Bale de Batman - O Cavaleiro das Trevas), que o ajudou a se tornar um lutador de boxe profissional nos anos 80.

Filme sensacional sobre a incrível superação de dois irmãos com nada em comum, a não ser a paixão pelo boxe. Não acreditava que um longa com esse tema teria algo de especial depois de Rocky e Touro Indomável, mas a história é tão tocante e inacreditável que fica difícil não falar que é um dos meus preferidos de 2011. Os atores aqui são maiores que a própria obra entregando atuações inspiradoras. Christian Bale, que está irreconhecível, se torna Dicky de uma maneira tão avassaladora e assustadora que posso falar que o Oscar já é seu. Outra que já tem sua estatueta garantida é Melissa Leo (de Rio Congelado) que faz a mãe dos irmãos, Alice, uma mulher controladora e egoísta que é visceral nas suas falas e gestos. A doce e delicada Amy Adams (de Encantada) faz a namorada boca suja de Micky, Charlene, tão perfeita, que esquecemos os outros trabalhos da atriz. Até Mark (produtor do filme), que particularmente acho muito canastrão, demonstra um Mick sincero, sem clichês.

Dirigido por David O. Russel que fez os ótimos Três Reis e Huckabees - A Vida é uma Comédia (ambos com Mark), o longa é perfeito tecnicamente e ficamos em pé nas cenas de luta torcendo por Mick, tamanha a perfeição das tomadas e os cortes certeiros.  A obra está concorrendo a 7 Oscars esse ano, inclusive  de melhor filme.

Acho que a grande sacada de O Vencedor é que ao longo da história, mudamos nossa percepção do que é certo ou errado, paramos de julgar as pessoas e percebemos que a única luta impossível de ganhar é aquela contra as pessoas que amamos.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Desejo e Reparação (Atonement)


Quando Briony Tallis (Saoirse Ronan de Um olhar do Paraíso), uma garota de 13 ano e aspirante a escritora, vê sua irmã Cecilia Tallis (Keira Knightley de Piratas do Caribe) e Robbie (James McAvoy de O Último Rei da Escócia), filho de uma empregada da família, na fonte de casa, uma série de acontecimentos faz a garota acusar o amor de sua irmã (Robbie) de um crime que ele não cometeu e essa acusação vai mudar para o resto da vida o futuro do jovem casal e da pequena Briony.

Essa é uma obra belíssima,passada na Inglaterra de 1935, contada de um jeito muito particular, cheio de flashbacks, a trajetória do casal principal. Impossível não se emocionar com essa história simples, mas grandiosa, que mostra o quanto a mentira pode ser arrebatadora e a reparação muitas vezes impossível. O elenco é maravilhoso, Keira e James são os novos astros britânicos, sendo já aclamados pela crítica diversas vezes, a surpresa fica por conta da jovem Saoirse que interpreta Briony como uma atriz muito experiente.

O diretor é o britânico Joe Wright que dirigiu Orgulho e Preconceito e O Solista, entre outros. James faz cenas belíssimas, ver seus filmes é como ir a uma galeria e ver pinturas de arte, seus ângulos e seus closes são sofisticados e suaves. Destaque para a fotografia estupenda e a trilha sonora que inclusive ganhou o Oscar. O longa concorreu a vários Oscars em 2008, inclusive de melhor atriz coadjuvante (Saoirse Ronan) e melhor filme.

Desejo e Reparação é um filme universal, pois aborda como a consciência humana é frágil e as conseqüências podem ser irreversíveis.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tá Rindo do Quê? (Funny People)



George Simmons (Adam Sandler de Reine Sobre Mim) é um comediante de muito sucesso nos Estados Unidos, que quando descobre que está com uma doença rara e talvez sem cura, ele começa a reaver sua vida e acaba conhecendo em um clube de comédia Stand Up Ira Wright (Seth Rogen de Ligeiramente Grávidos) um jovem aspirante a comediante sem muito sucesso. George convida Ira para ser seu assistente e escrever algumas piadas para suas apresentações, além disso, ele decide ligar para sua ex-namorada Laura (Leslie Mann de O Pentelho), a única mulher que amou na vida, e tentar se desculpar pelo passado e recuperar a relação.
Filme delicioso de assistir, muito engraçado, inteligente e sensível. Impossível não ligar o personagem principal ao próprio Adam, afinal, muito de sua vida deve estar no personagem. Aparece até uns vídeos verdadeiros do começo da carreira de Adam, que ele emprestou ao personagem George. Parece ser uma tendência forte atualmente em Hollywood fazer ficção/documentário, visto a quantidade de obras que estão aparecendo nesse estilo. O filme seria perfeito, se não fosse por uma falha, é longo demais (duas e meia) e poderiam ser cortados  trinta minutos que não iriam fazer falta alguma.
Seth Rogen está ótimo fazendo um personagem atípico para ele e continua com a boa companhia de seus companheiros de outros longas como Jonah Hill (o hilário gordinho de Superbad - É Hoje) e Jason Schwartzman (de Garota da Vitrine), que vivem os comediantes e  melhores amigos de Ira, Leo e Mark, respectivamente. Com várias participações especiais de comediantes americanos interpretando eles mesmos como Sarah Silverman (de Escola do Rock) e Ray Romano (da série Everybody Loves Raymond), que faz uma cena muito boa com o rapper Eminem (o próprio mesmo!), ainda conta com Eric Bana (de Munique) fazendo um marido australiano desses bem otários, essa obra é uma homenagem ao Stand Up Comedy e aos artistas que fazem dessa arte a sua vida.
Quem escreve e dirige é Judd Apatow de Ligeiramente Grávidos e O Virgem de 40 anos, que definitivamente tem uma assinatura no seu jeito de fazer comédia e conseguimos perceber em poucos minutos assistindo que se trata de um filme dele.
Tá Rindo do Quê? é longo (assim como esse post), mas tem certas coisas que quando vem do coração, não conseguimos tirar e é isso que importa.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Dúvida (Doubt)



Em 1964, em uma escola católica no Bronx, a bondosa e inocente irmã James (Amy Adams de Prenda-Me Se For Capaz) começa a desconfiar do Padre Brendan Flynn (Philip Seymour Hoffman de Capote), muito querido por alunos por ter uma atitude mais aberta, por seu relacionamento com um aluno de negro de 12 anos. A jovem freira acaba contando de suas suspeitas para a autoritária diretora do colégio, a Irmã Aloysius Beauvier (Meryl Streep de Adaptação), e assim a diretora, que não gostava dos métodos de ensino do padre, vai começar uma batalha pessoal para descobrir a verdade e expulsá-lo da escola.

Filme de gente grande, sofisticado e muito discreto. É incrível como ficamos na dúvida até o final de quem está falando a verdade, o padre Flynn ou a irmã Beauvier. Philip é um ator magistral e seu personagem é muito carismático, ficamos encantados com seu padre mais humano, menos moralista. Já Meryl Streep está perfeita na nada simpática diretora, intolerante e insensível, no meio disso tudo está a personagem de Amy, que na verdade representa o espectador do filme, nós, porque sua adoração pelo padre é igual a nossa e  questionada pela dúvida de um ato horrendo desses, ela demonstra  a pura busca pela verdade, sem pré-julgamentos como a irmã Beauvier tem pelo padre, assim como nós.

É dirigido e escrito por John Patrick Shanley que dirigiu o ótimo Joe Contra o Vulcão e ganhou o Oscar de melhor roteiro pelo maravilhoso Feitiço da Lua.  

Com roteiro perfeito, diretor perfeito e elenco perfeito, Dúvida é uma aula de como fazer cinema de verdade, sem nenhum artifício, apenas com a cabeça.

sábado, 15 de janeiro de 2011

127 Horas (127 Hours)


Essa é a incrível história real do alpinista Aron Ralston (James Franco de Segurando as Pontas), que em 2003 caiu acidentalmente em uma fenda no Canyon de Utah, ficando com o braço preso em uma grande pedra. 

Durante os cinco dias em que ficou preso, Aron relembra da família, dos amores e tenta manter-se lúcido para sobreviver.

Ficamos tensos todo o tempo dessa história assustadora sobre o limite humano que prende nossa atenção pelo desespero da situação de Aron. James Franco está extraordinário e traz todo o sofrimento na expressão de seu personagem em uma interpretação difícil.

O filme é dirigido pelo moderno diretor inglês Danny Boyle (de Trainspotting e Quem Quer Ser Um Milionário) que tem uma assinatura marcante em todas as suas obras, como a edição rápida bem estilo de videoclip musical. Apesar de 54 anos Danny sempre tem a juventude como protagonista de seus longas e a música eletrônica em suas trilhas sonoras.

127 Horas chega a incomodar e por isso mesmo deve ser visto.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Céu de Suely


Hermila (Hermila Guedes da série global Força Tarefa) volta para a sua cidade natal, no interior do Ceará, após uma tentativa frustrada de conseguir emprego em São Paulo. Quando percebe que foi abandonada pelo marido com um filho pequeno, Hermila resolve ir embora para outra cidade grande e para ganhar dinheiro ela rifa seu corpo, com o codinome de Suely. A rifa se torna um grande sucesso e causa grande polêmica com o povo da cidade e com sua família. Além disso, Suely tenta se acertar com um ex-namorado da adolescência, João (João Miguel de Estômago).

História muito sensível sobre a desilusão de uma jovem garota, que quer ser mais, sonha mais alto e resolve tomar uma atitude para tentar mudar de vida. O longa é um pouco parado, mas se você tiver paciência, encontrará uma bela mensagem. Os personagens têm o mesmo nome dos atores, que dão um show de interpretação.

Dirigido pelo diretor cearense Karim Ainouz, que tem no currículo Madame Satã e Cidade Baixa entre outros, o longa tem fotografia e cenas belíssimas, ganhou vários prêmios nacionais e participou de festivais internacionais importantes como o de Veneza.

O Céu de Suely é um filme pequeno e poético.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cisne Negro (Black Swan)



Nina (Natalie Portman de Closer-Perto Demais) é a bailarina mais dedicada de uma companhia de balé em Nova York. Quando o diretor artístico, Thomas Leroy (Vicent Cassel de À Deriva), decide substituir a bailarina principal, Beth (Wynona Ryder de Garota, Interrompida), para uma nova peça, Lago dos Cisnes, Nina é a escolha perfeita para interpretar o cisne branco, o problema é que ela vai ter que fazer também o cisne negro, papel que encaixa perfeito na nova dançarina, Lily (Mila Kunis da série That’70s Show), que começa a disputar com Nina. Passando por um diretor cruel, uma concorrente inescrupulosa e uma mãe controladora, Erika (Barbara Hershey de Um Dia de Fúria), Nina terá que provar que pode fazer os dois papéis ao mesmo tempo em que descobre o seu lado mais sombrio.

Pausa. Esse filme definitivamente precisa de uma pausa para respirar. Não sabemos o que é real na história, que é confusa e encantadora, mas isso não nos desanima e sim estimula a procurar respostas em cada segundo de cena, em cada imagem, propositalmente nebulosa. É tudo tão belo, o figurino, a música, tudo misturado com um tom sombrio.

Natalie Portman está perfeita, o Oscar desse ano de melhor atriz já é dela. Sua atuação é magnífica, seus gestos na dança transmitem uma precisão que impressiona, é o papel da sua vida. Destaque também para Mila Kunis, que mais que merecido ganhou o papel que vai catapultar sua carreira.

O diretor Darren Aronofsky (de Réquiem Para um Sonho e O Lutador, entre outros) sempre foi fascinado por fazer filmes, estudou cinema em Harvard e na época ganhou vários prêmios por seus curtas. Seus filmes sempre são alucinógenos. Repare como ele usa o close repetidamente em cenas que nos faz entrar em transe.

Filme obrigatório. Belo, poético, obsessivo, doentio, sufocante, sensual, BRAVO!


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Alright)


 Nic (Anette Bening de Beleza Americana) e Jules (Julianne Moore de Ensaio Sobre a Cegueira) são um casal de lésbicas com dois filhos, Joni (Mia Warsikowska de Alice no País das Maravilhas) e Laser (Josh Hutcherson de Ponte de Terrabithia) e vivem uma vida equilibrada. Quando seus filhos resolvem conhecer o doador de sêmen das suas mães, Paul (Mark Ruffalo de Ensaio Sobre a Cegueira), toda a harmonia da família é colocada em xeque.

Esse filme poderia virar um clichê gigante, mas vai contra todas as regras e previsões. A história é engraçadíssima e interessante. Os atores estão magníficos, mas quem rouba a cena é Anette Bening que faz uma interpretação tão poderosa de Nic, que é impossível que não concorra ao Oscar nesse ano. É gratificante ver que mulheres acima de 50 anos ainda conseguem brilhar e ganhar papéis de destaque em Hollywood, com certeza, o cinema precisa mais disso.

A diretora e co-roterista é Lisa Cholodenko que dirigiu vários episódios dês séries de prestígio como A Sete Palmos e Hung, entre outros.

Minhas Mães e Meu Pai é um trabalho pequeno que se torna grandioso a tratar de um dos muitos tipos de família que fazem parte da nossa sociedade atual de forma digna e verdadeira.


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ritmo Acelerado (It’s All Gone Pete Tong)



O DJ Frankie Wilde é uma lenda de Ibiza, sendo considerado o melhor DJ da atualidade. Além de toda a fama, ele é também casado com uma modelo de nome Sonja , tem um filho e vive como um rei na famosa ilha espanhola. O problema é que o vício em cocaína, o círculo de amigos interesseiros e um problema na audição, devido há anos de exposição a música alta, que o leva à surdez, faz com que Frankie suma durante 1 ano do cenário musical, levando à várias especulações sobre o fim da sua carreira e o abandono da sua esposa.  Agora Frankie quer voltar ao topo da sua carreira, mas sem deixar as pessoas saberem que ficou surdo e continuar a tocar nos badalados clubes de Ibiza.

O filme foi feito de forma alternativa, sem atores e diretor famosos e ficou conhecido pelo famoso boca-a-boca que é um dos melhores jeitos de um filme de baixo orçamento estourar. Deu certo, o filme surpreende com um a história muito boa e até participações de DJs conhecidos mundialmente dá um toque bem real para o longa.

Quem dirige e escreve é Michael Dowse, que provavelmente pode ficar mais conhecido em 2011, pois acabou de fazer a comédia americana Take Me Home Tonight com estréia para o ano que vem.

O fato é, assim que acabar de assistir você vai querer ir para uma boa balada e dançar até o amanhecer.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Uma Prova de Amor (My Sister's Keeper)



Ana Fitzgerald (Abigail Breslin de Pequena Miss Sunshine) é uma garota de 11 anos que procura um advogado famoso e excêntrico, Campbell Alexander (o sempre ótimo Alec Baldwin de Os Infiltrados), para conseguir o direito de emancipação médica da sua mãe Sara (Cameron Diaz), que quer que Anna doe seu rim para sua irmã doente Kate.

A história é de cortar o coração, chorei do começo ao fim, afinal de contas não deixa de ser um relato de uma garota que está prestes a morrer e como isso modifica sua família.

Um outro ponto muito válido é como nossos valores do que é certo entra em dúvida no decorrer do filme. Cameron Diaz é uma boa surpresa, acostumados em vê-la estrelando comédias românticas e filmes de ação sempre no estilo loira-fatal-descolada, aqui ela está despida de toda a vaidade, muito mais madura, vivendo uma mãe que luta até o fim pela filha. Abigail Breslin que faz Anna só comprova o que quem viu o longa que impulsionou sua carreira já sabia, a menina tem talento nato. O filme ainda conta com Jason Patrick (de Velocidade Máxima 2) que faz o pai das meninas e marido de Sara e a desconhecida Sofia Vassilieva que faz Kate e nos emociona passando muita verdade na sua interpretação sofrida e doce ao mesmo tempo.

O diretor Nick Cassavetes (de O Diário de uma Paixão) e que também assina o roteiro conta uma história simples, mas que nos faz pensar da complexidade da vida, da família, da culpa e das nossas relações.

Prepare o lenço de papel, sofra e chegue a conclusão que precisamos aceitar certas coisas, mas nem sempre o caminho vai ser fácil.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Enterrado Vivo (Buried)



Paul Conroy (Ryan Reynolds de A Proposta) é um motorista de caminhões americano contratado para trabalhar no Iraque. Quando o comboio em que está é atacado, ele acorda enterrado dentro de um caixão com apenas um celular e um isqueiro.

O mais impressionante do filme é que ele se passa todinho com Paul dentro de um caixão e mesmo assim consegue prender a atenção do começo ao fim. O ator Ryan Reynolds está muito verdadeiro vivendo uma situação limite e claustrofóbica, ele está totalmente sozinho e segura a história com maestria, o nosso humor vai mudando igualmente ao do personagem Paul.

O desconhecido diretor espanhol Rodrigo Cortés mostra como uma boa idéia não precisa de muita grana para ser bem feita e tem o êxito de fazer os cortes das cenas tão precisos que o espectador não se cansa de assisitir.

Enterrado Vivo é sobre pensar o impensável e achar força para tentar uma solução.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Jovem Rainha Victoria (The Young Victoria)



Dominada por uma mãe possessiva e um assessor dominador (Sir John Conroy) desde a sua infância, uma jovem Victoria, única herdeira do trono, se recusa a dar o pode para os dois para tomar o seu lugar nos últimos dias de vida do atual rei da Inglaterra , seu tio, William IV. Nesse processo várias pessoas começam a se aproximar como o seu primo alemão, Príncipe Albert (Rupert Friend de Orgulho e Preconceito) , que passa a cortejá-la por motivos políticos e acaba se apaixonando por ela, outro é Melbourne (Paul Bettany de O Código Da Vinci) um experiente Lorde, que vai se torna um importante mestre na arte de política para a rainha. O problema é que a rainha não tem certeza em quem confiar e sabe que muitos estão conspirando para a sua derrota.

A Jovem Rainha Victoria é um filme belíssimo (em todos os sentidos) e conta uma história muito inteligente e sensível sobre uma garota que foi criada dentro de uma bolha pela inescrupulosa mãe, sem entender nada de política ou sobre a vida e de repente, ainda adolescente, se torna a rainha da Inglaterra. A atriz Emily Blunt (de O Diabo Veste Prada) faz um trabalho maravilhoso, interpretando Victoria, com uma firmeza de impressionar (não acredito até hoje que não concorreu ao Oscar de melhor atriz por essa obra ano passado).

Um filme incrível, emocionante e romântico onde torcemos o tempo todo pela rainha como seus súditos. God save the Queen.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Estômago



Nonato(João Miguel de O céu de Suely) chega a São Paulo com apenas uma mala e nenhum dinheiro no bolso, para em um boteco no centro da cidade, come um salgado e não tendo dinheiro para pagar e acaba trabalhando no boteco onde também dorme nos fundos. Nonato aprende a fazer pastéis e coxinhas que se tornam muito apreciado pelos freqüentadores do bar. Íria (Fabíula Nascimento da série Junto e Misturado), uma prostituta, percebe seu talento, assim como Giovanni (Carlo Briani), dono de uma cantina que o convida para trabalhar com ele e ensina sobre a alta gastronomia. A história vai intercalando com o passado e o presente com Nonato na cadeia e os fatos que o levaram a ser preso.

João Miguel, um dos meus atores preferidos, tem uma grandeza na interpretação de Nonato, que é um personagem extremamente dócil, mas que usa o dom que tem na cozinha para sobreviver tanto fora quanto dentro da cadeia e a sutileza mostrada na transformação do personagem ao longo do filme é incrível.

Roteiro bom, atores bons e a gastronomia como pano de fundo, difícil decepcionar.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vicky Cristina Barcelona



Vicky (Rebeca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson), duas amigas americanas, vão passar férias de verão em Barcelona onde a primeira aproveita e vai fazer pesquisa para sua tese de mestrado. Vicky, uma jovem bem realista prestes a se casar e Cristina , uma sonhadora artista que não sabe o que quer da vida, têm uma visão do amor muito diferente, opostas por assim dizer e quando conhecem o pintor espanhol Juan Antonio (Javier Bardem), esse encontro vai ter um impacto de diferentes formas sobre as suas vidas.

Esse longa estava na minha lista e todas as pessoas que eu conheço e assistiram, gostaram muito. Confesso que não gostei do filme. A história é maçante e não te prende. Os diálogos (especialidade de Woody Allen) são ruins, parece que a única personagem que teve boas falas é Maria Elena, ex mulher de Juan Antonio , interpretada por Penélope Cruz (que levou o Oscar de atriz coadjuvante por esse filme e está engraçadíssima).

O grande diretor Woody Allen (Tiros na Broadway, Poderosa Afrodite), que sempre aborda as neuroses do dia a dia com uma crítica sarcástica e diálogos que analisam o comportamento humano, parece ter perdido um pouco a mão nesse longa. Fora a narração (muito presente em seus filmes), essa obra não parece ser dele. Ok, suas obras-primas não são e nem são feitas para ser sucesso de bilheteria, mas sempre têm um diferencial.

Enfim, é Woody Allen e merece ser visto, mas não empolga.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Rede Social (The Social Netwok)



Vi o trailer desse filme há uns meses atrás e não tive o mínimo interesse. Um filme sobre a criação do facebook, nada demais. O fato é que quando fizeram para mim uma conta no bendito e eu comecei a entrar direto, lembrei dele na hora e resovi assisitir. A rede social é muito mais que um longa sobre a criação do maior site de relacionamentos atual, é a história do seu criador, Mark Zuckerberg (interpretado muito bem pelo ator Jesse Einsenberg), o que o levou a ter essa idéia, a batalha judicial que levou ao fim a amizade com seu sócio e melhor amigo na época, o brasileiro Eduardo Saverin e como ele virou o mais jovem bilionário do mundo, hoje ele tem 26 anos. O filme fala diretamente com a nossa geração (se você tem entre 24 e 30 anos), que viu tudo acontecer, que participou dos primórdios da comunicação virtual, uma geração que publica na internet seus pensamentos, seu estado de espírito, o que fez ontem, enfim, aberta para o mundo ,comunicativa, e Mark sacou isso (parece tão óbvio, porque não fui eu?) e se transformou em uma das pessoas mais influentes do mundo, dono de um império bilionário.

O diretor é David Fincher, que só tem filmes maravilhosos no seu currículo como Seven - Os Sete Crimes Capitais, Clube da Luta, O Curioso Caso de Benjamin Button, ok, ele tem uma queda por Brad Pitt, mas quem não tem? David tem um jeito muito particular de criação e o efeito visual é sempre de primeira. Concluindo: se você tem uma conta no facebook, vai querer ver o filme. Se você não tem e ver o filme, vai no mínimo bisbilhotar a conta de um amigo ou fazer o seu.