segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Vencedor (The Fighter)



Essa é a verdadeira história da trajetória do boxeador Micky Ward (Mark Wahlberg de Fim dos Tempos) e do seu problemático irmão Dicky Eklund (Christian Bale de Batman - O Cavaleiro das Trevas), que o ajudou a se tornar um lutador de boxe profissional nos anos 80.

Filme sensacional sobre a incrível superação de dois irmãos com nada em comum, a não ser a paixão pelo boxe. Não acreditava que um longa com esse tema teria algo de especial depois de Rocky e Touro Indomável, mas a história é tão tocante e inacreditável que fica difícil não falar que é um dos meus preferidos de 2011. Os atores aqui são maiores que a própria obra entregando atuações inspiradoras. Christian Bale, que está irreconhecível, se torna Dicky de uma maneira tão avassaladora e assustadora que posso falar que o Oscar já é seu. Outra que já tem sua estatueta garantida é Melissa Leo (de Rio Congelado) que faz a mãe dos irmãos, Alice, uma mulher controladora e egoísta que é visceral nas suas falas e gestos. A doce e delicada Amy Adams (de Encantada) faz a namorada boca suja de Micky, Charlene, tão perfeita, que esquecemos os outros trabalhos da atriz. Até Mark (produtor do filme), que particularmente acho muito canastrão, demonstra um Mick sincero, sem clichês.

Dirigido por David O. Russel que fez os ótimos Três Reis e Huckabees - A Vida é uma Comédia (ambos com Mark), o longa é perfeito tecnicamente e ficamos em pé nas cenas de luta torcendo por Mick, tamanha a perfeição das tomadas e os cortes certeiros.  A obra está concorrendo a 7 Oscars esse ano, inclusive  de melhor filme.

Acho que a grande sacada de O Vencedor é que ao longo da história, mudamos nossa percepção do que é certo ou errado, paramos de julgar as pessoas e percebemos que a única luta impossível de ganhar é aquela contra as pessoas que amamos.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Desejo e Reparação (Atonement)


Quando Briony Tallis (Saoirse Ronan de Um olhar do Paraíso), uma garota de 13 ano e aspirante a escritora, vê sua irmã Cecilia Tallis (Keira Knightley de Piratas do Caribe) e Robbie (James McAvoy de O Último Rei da Escócia), filho de uma empregada da família, na fonte de casa, uma série de acontecimentos faz a garota acusar o amor de sua irmã (Robbie) de um crime que ele não cometeu e essa acusação vai mudar para o resto da vida o futuro do jovem casal e da pequena Briony.

Essa é uma obra belíssima,passada na Inglaterra de 1935, contada de um jeito muito particular, cheio de flashbacks, a trajetória do casal principal. Impossível não se emocionar com essa história simples, mas grandiosa, que mostra o quanto a mentira pode ser arrebatadora e a reparação muitas vezes impossível. O elenco é maravilhoso, Keira e James são os novos astros britânicos, sendo já aclamados pela crítica diversas vezes, a surpresa fica por conta da jovem Saoirse que interpreta Briony como uma atriz muito experiente.

O diretor é o britânico Joe Wright que dirigiu Orgulho e Preconceito e O Solista, entre outros. James faz cenas belíssimas, ver seus filmes é como ir a uma galeria e ver pinturas de arte, seus ângulos e seus closes são sofisticados e suaves. Destaque para a fotografia estupenda e a trilha sonora que inclusive ganhou o Oscar. O longa concorreu a vários Oscars em 2008, inclusive de melhor atriz coadjuvante (Saoirse Ronan) e melhor filme.

Desejo e Reparação é um filme universal, pois aborda como a consciência humana é frágil e as conseqüências podem ser irreversíveis.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Kick-Ass Quebrando Tudo (Kick-Ass)



Dave (Aaron Johnson de O Garoto de Liverpool) é o típico nerd da escola viciado em história em quadrinhos. Um certo dia ele decide se tornar um super-herói, mesmo não tendo nenhum poder e descobre que não é o único.

A crítica americana falou muito mal do filme, chamando de vulgar e violento. Discordo totalmente, é um filme bem diferente, com uma história muito bacana e atuações ótimas. Pense assim: se lotamos os cinemas por causa dos super- heróis conhecidos, porque não assistir uma história de um super-herói real, sem nenhuma ficção científica envolvida? Só pela idéia, a obra já vale a pena. Destaque para a participação especial de Nicolas Cage (de Adapatação), que faz o impagável Big Daddy e a pequena atriz Chloe Moretz (de Deixe-me Entrar) que dá um show de interpretação (pode ser a futura musa de Quentin Tarantino). Outra curiosidade sobre o longa é que ele é produzido por Brad Pitt.

O diretor é o ingles Matthew Vaughn (de Nem tudo é o Que Parece), mais conhecido por produzir filmes. Esse é o seu terceiro longa na direção e posso dizer que ainda vamos ouvir falar muito dele. As escolhas nada comum em seu currículo apontam um diretor audacioso e muito criativo na escolha das cenas.

Animal! Essa é a única palavra que penso ao resumir Kick-Ass - Quebrando Tudo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Segurando as Pontas - (Pineapple Express)



Dale (Seth Rogen de Superbad-É Hoje) é um official de justiça que passa os seus dias fumando maconha. Ele visita sempre Saul (James Franco de 127 Horas), um traficante que vende um tipo especial de maconha chamada pineapple express. Dale acaba testemunhando um assassinato cometido por um policial e foge deixando para trás o fumo especial, o problema é que esse tipo de fumo é muito raro e por casusa dele os bandidos conseguem rastrear Dale e Saul, que agora têm que fugir para salvarem suas vidas.

Com um roteiro muito engraçado e cenas de ação muito boas, esse é um filme perfeito para ver a qualquer hora. Seth e James estão hilários, mas talento é o que não falta nesse longa repleto de personagens bons como o impagável capanga Matheson (Craig Robinson de The Office) e o responsável pela cena de luta mais engraçada do cinema, que faz com Dale, Red (Danny McBride de Amor Sem Escalas). Já disse várias vezes e repito: sou muito fã de Seth, que é um artista completo, porque além de atuar, escreve e produz seus filmes. Aqui ele co-assina o roteiro.

O longa é dirigido por David Gordon Green, desconhecido diretor que não tem filmes de sucesso no currículo, esse é o seu trabalho mais conhecido.

Segurando as Pontas não muda a sua vida, mas garante boas risadas e tem o mérito de segurar o humor do começo ao fim.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Por uma Vida Menos Ordinária (A Life Less Ordinary)



Robert (Ewan McGregor de Moulin Rouge – Amor em Vermelho) é um aspirante a escritor que trabalha como faxineiro em uma empresa. Após ser demitido e seqüestrar a filha do chefe, Celine (Cameron Diaz), ela arma um plano junto com ele para pedir uma grana alta pelo resgate e ficarem com o dinheiro. Ao mesmo tempo, dois anjos especializados em relacionamentos, O’Reilly (Holly Hunter de Aos Treze) e Jackson (Delroy Lindo de Regras da Vida) tem a missão de fazer o casal se apaixonar.

Amo esse filme, é uma história de amor muito diferente, original e com um toque de humor negro. Os atores estão ótimos, o casal principal é apaixonante e protagoniza uma cena de musical engraçadíssima. É um longa pouco conhecido pelo grande público que merece muito ser visto. Destaque para a ótima trilha sonora cheia de gente boa como Beck, REM, The Cardigans, Elvis Presley, enfim muita coisa legal.

O diretor é o atual queridinho de Hollywood Danny Boyle (Quem Quer Ser um Milionários e 127 Horas). Esse foi o primeiro filme que ele fez depois do imenso sucesso de Trainspotting e conseguimos ver claramente o ritmo frenético das cenas e as referências pop que o diretor sempre coloca em suas obras.

Por um cinema menos ordinário, menos previsível, embarque nessa viagem delirante.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Incontrolável (Unstoppable)



Um trem em altíssima velocidade, sem comando e cheio de carga tóxica está prestes a descarrilhar em uma curva perigosa sobre uma cidade populosa na Pensilvânia.  Frank (Denzel Washington), um engenheiro veterano e Will (Chris Pine de Star Trek), um condutor novato, que estão trabalhando em outro trem na mesma linha, são os únicos que podem evitar a catástrofe.
 
Incontrolável é o típico filme de ação com uma boa história. Baseado em fatos reais,é pura adrenalina, temos a mesma sensação de estar assistindo Velocidade Máxima, mas com um trem em vez de um ônibus. Os dois atores principais estão ótimos e apesar de não ser o papel de sua vida, Denzel fica muito natural nesse tipo de personagem e o carisma por Frank é imediato.
 
O longa é dirigido por Tony Scott, de Chamas da Vingança e Jogo de Espiões, entre outros. Essa é sua quarta parceria com Denzel. As cenas, os cortes e o movimento das câmeras são simplesmente perfeitos. E se Tony não faz filmes mais profundos, com certeza é um mestre na regra principal de um diretor: saber filmar com a firmeza necessária.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um Jantar Para Idiotas (Dinner for Schmucks)



Tim (Paul Rudd de Eu Te Amo Cara) deseja uma promoção no trabalho. Em uma reunião Tim tem a oportunidade dada pelo chefe de subir de cargo, mas para isso ele tem que ir a um jantar dado exclusivamente para o alto escalão da empresa, onde cada convidado tem que levar um acompanhante muito idiota, para ser zombado durante a noite, sem que a pessoa saiba. Tim está quase desistindo de ir, quando conhece acidentalmente Barry (Steve Carell da série The Office), um sujeito que é o convidado perfeito.

Essa é a versão americana da elogiada comédia francesa Le Dîner de Cons de 1998. Bem, não vi a versão original, mas posso dizer com absoluta certeza que esse é um dos piores filmes que já assisti. A história é ridícula e patética, tive que segurar para não desligar a TV umas dez vezes. É inacreditável que Steve e Paul se sujeitaram a fazer um longa desses, sem nenhuma graça, com atuações vergonhosas e roteiro medíocre. Tem uma hora que é quase possível perceber que os atores estão sem graça de dizer suas falas. Ok, você ri um pouquinho quando aparece Therman (Zach Galifianakis de Se Beber Não Case) que faz o chefe de Barry e com o artista plástico Kieran, que está muito bom, mas o resto é sem comentários. Hermes e Renato parece profissional perto da tosqueira que é a obra.

O filme é dirigido pelo ótimo Jay Roach, que dirigiu as duas primeiras seqüências de Entrando Numa Fria e a franquia de Austin Powers - O Agente Bond’ Cama.  Deu para perceber que o cara gosta de filmes pastelão, mas aqui ele exagerou demais ultrapassando a tênue linha entre o cult e o tosco.

Um Jantar para Idiotas deveria ser chamado Um Filme para Idiotas, pois com certeza, eles são o público alvo.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Deixe-me Entrar (Let Me In)



Owen (Kodi Smit-McPhee de A Estrada) é um garoto de 12 anos que sofre de bullying na escola, é ignorado pelos pais que estão se divorciando e vive sozinho.Quando uma nova vizinha aparece, Abby (Chloe Moretz de 500 Dias com Ela), uma garota da mesma idade que na verdade é uma vampira, ela se torna sua única e grande amiga  que  o apoia a se defender contra os meninos da escola, o problema é que Matt não sabe se vai conseguir sustentar a amizade com alguém como ela.

Essa é a versão americana do aclamado longa sueco Deixe Ela Entrar, a história é bem diferenre das histórias de vampiros que estamos acostumados, muito profunda e até assustadora, ficamos com a mesma dúvida do jovem Owen, como é possível perdoar ou conviver com uma pessoa boa, mas que tem que matar pessoas para sobreviver? Infelizmente depois da metade do filme, ele vai perdendo o ritmo e tem um final um pouco decepcionante.

O Filme é dirigido por Matt Reeves, co criador da série Felicity e diretor de Cloverfield – O Monstro. É incrível como Matt consegue fazer cenas de ação em que coloca o espectador como se tivesse dentro da cena, a visao que temos é a mesma do personagem, Cloverfield é cheio delas e aqui ele nos proporciona mais uma vez na filmagem de um acidente de carro.

Deixe-me Entrar poderia ser melhor, mas a premissa diferente já vale a experiência.



domingo, 23 de janeiro de 2011

Juntos Pelo Acaso (Life As We Know It)



Holly (Katherine Heigl de Ligeiramente Grávidos) e Eric (Josh Duhamel de Transformers) tiveram um primeiro encontro desastroso, armado pelos seus melhores amigos, o casal Peter e Alisson. Quando o casal morre em um acidente, eles descobrem que são os responsáveis por Sophie, a filha deles de um ano, de quem são padrinhos. Apesar de não gostarem um do outro, eles vão tentar criar o bebê juntos e enfrentar todas as radicais mudanças em suas vidas.

À primeira vista pode parecer mais uma comédia romântica, mas a história é apaixonante, o bebê cativante e o casal principal, Holly e Eric, têm uma química maravailhosa. Katherine Heigl é simplesmete perfeita nesse tipo de papel, ela é tão natural e tão engraçada que posso dizer sem medo que ela é a Julia Roberts dessa década. Josh também está muito bem no papel do bonitão solteiro que não quer compromisso.

Essa é segunda vez que o roterista Greg Berlanti, que escreveu séries como Brothers And Sisters, Dawson’s Creek e o inédito longa Lanterna Verde, atua como diretor. Drama familiares com um toque maior ou menor de comédia é a sua praia e conseguiu aqui fazer uma obra original e muito gostosa de assistir.

Juntos Pelo Acaso é aquele tipo de filme que nos apaixonamos facilmente.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Os Excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums)


Os Tenenbaums são uma estranha família formada pelo pai, Royal Tenenbaum (Gene Hackman de Os Imperdoáveis), a mãe Etheline Tenenbaum (Anjelica Huston de A Família Addams) e seus três filhos prodígios, todos com um genial talento: Chas (Ben Stiller deTrovão Tropical) é um gênio matemático e homem de negócios desde pequeno, Margot (Gwyneth Paltrow de Homem de Ferro) é uma escritora que escreveu sua primeira peça ainda pequena e ganhou um prêmio em dinheiro importantíssimo pela crítica e Richie (Luke Wilson de Minha Super Ex-namorada) um tenista de sucesso ainda criança e um artista. Quando eram crianças, seu pai Royal, abandonou a família. Vários anos se passam e Royal volta para a família dizendo que tem uma doença terminal e quer fazer as pazes com todos eles.

Com uma história original, esse longa é um dos meus filmes preferidos. Uma obra centrada nas difíceis relações familiares e de como a infância influencia nosso futuro bem mais do que percebemos, afinal família não é uma palavra e sim uma setença. O elenco está cheio estrelas, uma mistura da boa de atores populares com atores mais cools que deu muito certo. Não tem como destacar um mais que o outro, todos estão perfeitos e lógico que Gene Hackman, que faz o patriarca, consegue fazer um papel engraçadíssimo e muito profundo ao mesmo tempo. O elenco ainda conta com Owen Wilson (de Marley e Eu) que faz o vizinho dos Tenenbaums e também co-assina o roteiro, Bill Murray (de Encontros e Desencontros) que faz o marido de Margot e Danny Glover (de Máquina Mortífera).

O diretor e co-roteirista é Wes Anderson que dirigiu O Fantástico Sr. Raposo e A Vida Marinha com Steve Zissou, entre outros. Wes  tem um jeito único de filmar suas cenas , com muito ângulos e é um diretor cultuadíssimo na América (Scorcese já declarou ser seu fã). O tema da família e da aprovação pelo pai é um tema recorrente em suas obras.

Os Excêntricos Tenenbaums é um daqueles filmes perfeitos, para qualquer ocasião. Veja e aprecie.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tá Rindo do Quê? (Funny People)



George Simmons (Adam Sandler de Reine Sobre Mim) é um comediante de muito sucesso nos Estados Unidos, que quando descobre que está com uma doença rara e talvez sem cura, ele começa a reaver sua vida e acaba conhecendo em um clube de comédia Stand Up Ira Wright (Seth Rogen de Ligeiramente Grávidos) um jovem aspirante a comediante sem muito sucesso. George convida Ira para ser seu assistente e escrever algumas piadas para suas apresentações, além disso, ele decide ligar para sua ex-namorada Laura (Leslie Mann de O Pentelho), a única mulher que amou na vida, e tentar se desculpar pelo passado e recuperar a relação.
Filme delicioso de assistir, muito engraçado, inteligente e sensível. Impossível não ligar o personagem principal ao próprio Adam, afinal, muito de sua vida deve estar no personagem. Aparece até uns vídeos verdadeiros do começo da carreira de Adam, que ele emprestou ao personagem George. Parece ser uma tendência forte atualmente em Hollywood fazer ficção/documentário, visto a quantidade de obras que estão aparecendo nesse estilo. O filme seria perfeito, se não fosse por uma falha, é longo demais (duas e meia) e poderiam ser cortados  trinta minutos que não iriam fazer falta alguma.
Seth Rogen está ótimo fazendo um personagem atípico para ele e continua com a boa companhia de seus companheiros de outros longas como Jonah Hill (o hilário gordinho de Superbad - É Hoje) e Jason Schwartzman (de Garota da Vitrine), que vivem os comediantes e  melhores amigos de Ira, Leo e Mark, respectivamente. Com várias participações especiais de comediantes americanos interpretando eles mesmos como Sarah Silverman (de Escola do Rock) e Ray Romano (da série Everybody Loves Raymond), que faz uma cena muito boa com o rapper Eminem (o próprio mesmo!), ainda conta com Eric Bana (de Munique) fazendo um marido australiano desses bem otários, essa obra é uma homenagem ao Stand Up Comedy e aos artistas que fazem dessa arte a sua vida.
Quem escreve e dirige é Judd Apatow de Ligeiramente Grávidos e O Virgem de 40 anos, que definitivamente tem uma assinatura no seu jeito de fazer comédia e conseguimos perceber em poucos minutos assistindo que se trata de um filme dele.
Tá Rindo do Quê? é longo (assim como esse post), mas tem certas coisas que quando vem do coração, não conseguimos tirar e é isso que importa.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Garota Infernal (Jennifer ‘s Body)


Jennifer (Megan Fox de Transformers) é a garota mais linda e popular da escola, embora seja arrogante e antipática, ela tem como sua melhor amiga a doce e bondosa Needy (Amanda Seyfried de Mamma Mia!). Depois de um incêndio em um show de rock que as duas foram e escaparam, Needy percebe que Jennifer está possuída e que é a responsável pelas mortes de alguns garotos da escola. Agora ela tem que achar um jeito de parar com os assassinatos, escondendo o fato de serem feitos pela sua amiga e ainda salvar o namorado Chip (Johnny Simmons de Scott Pilgrin Versus o Mundo) que parece ser a próxima vítima.


Tinha o maior preconceito de assistir esse filme e adivinhem, dessa vez estava certa. Com uma história sem pé nem cabeça e atuações duvidosas, esse longa só tem algumas cenas de tensão e uma trilha sonora bacana para contar a seu favor. A única razão que tinha para vê-lo era o fato de ter sido escrito pela talentosa roteirista Diablo Cody (que escreveu Juno e a ótima série United States of Tara da Fox), aqui parece que ela quis tirar um sarro e escrever algo bem trash, essa é a única explicação que consigo pensar.

O longa é dirigido por Karyn Kusama, diretora de Aeon Flux e Girlfight, que parece gostar de fazer filmes protagonizados sempre por mulheres poderosas, para o bem ou para o mal.

Garota Infernal deve agradar apenas adolescentes de no máximo 16 anos, maior que isso não engole o filme.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

30 Dias de Noite (30 Days Of Night)



Uma pequena cidade isolada do Alasca fica 30 dias sem sol uma vez por ano. Nessa época, a maioria dos moradores saem por um mês, mas nesse ano nos últimos intantes de sol, a cidade é atacada por uma gangue de vampiros que começa a matar todas as pessoas. O xerife da cidade, Eben (Josh Hartnett de Xeque-Mate) e sua ex-mulher Stella (Melissa George de Horror em Amityville) lideram um grupo de sobreviventes em busca de uma solução para o pior pesadelo de suas vidas.

Esse longa segue a linha já bem conhecida de cidades atacadas por zumbis, virus, seja lá o que for, e passamos o tempo todo acompanhando o sofrimento dos sobreviventes. Conseguimos tomar bons sustos, os vampiros realmente são bem assustadores (esqueça os da saga Crepúsculo) e passamos por bastantes momentos de aflição. A obra é a adaptação de uma história em quadrinhos cult de Steve Niles.

O diretor é David Slade, mais conhecido por dirigir videoclipes de bandas como Stone Temple Pilots, Muse, System Of a Down e outros. David tem no seu currículo cinematográfico o segundo filme da saga Crepúsculo - Eclipse (o cara deve gostar dos sugadores de sangue) e também o suspense Menina Má.Com.

Ao final de 30 Dias de Noite você fica com a sensação de que a vontade de ver um bom terror foi cumprida e nada mais.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Dúvida (Doubt)



Em 1964, em uma escola católica no Bronx, a bondosa e inocente irmã James (Amy Adams de Prenda-Me Se For Capaz) começa a desconfiar do Padre Brendan Flynn (Philip Seymour Hoffman de Capote), muito querido por alunos por ter uma atitude mais aberta, por seu relacionamento com um aluno de negro de 12 anos. A jovem freira acaba contando de suas suspeitas para a autoritária diretora do colégio, a Irmã Aloysius Beauvier (Meryl Streep de Adaptação), e assim a diretora, que não gostava dos métodos de ensino do padre, vai começar uma batalha pessoal para descobrir a verdade e expulsá-lo da escola.

Filme de gente grande, sofisticado e muito discreto. É incrível como ficamos na dúvida até o final de quem está falando a verdade, o padre Flynn ou a irmã Beauvier. Philip é um ator magistral e seu personagem é muito carismático, ficamos encantados com seu padre mais humano, menos moralista. Já Meryl Streep está perfeita na nada simpática diretora, intolerante e insensível, no meio disso tudo está a personagem de Amy, que na verdade representa o espectador do filme, nós, porque sua adoração pelo padre é igual a nossa e  questionada pela dúvida de um ato horrendo desses, ela demonstra  a pura busca pela verdade, sem pré-julgamentos como a irmã Beauvier tem pelo padre, assim como nós.

É dirigido e escrito por John Patrick Shanley que dirigiu o ótimo Joe Contra o Vulcão e ganhou o Oscar de melhor roteiro pelo maravilhoso Feitiço da Lua.  

Com roteiro perfeito, diretor perfeito e elenco perfeito, Dúvida é uma aula de como fazer cinema de verdade, sem nenhum artifício, apenas com a cabeça.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

RED - Aposentados e Perigosos


Frank Moses (Bruce Willis) é um agente da CIA aposentado, cuja única companhia é a voz de Sarah (Mary Louise Parker do seriado Weeds), funcionária da empresa que paga sua aposentadoria. Quando sofre um atentado de assassinato, ele procura seus colegas aposentados da CIA, Marvin (John Malkovich de Queime Depois de Ler), Joe (Morgan Freeman de Invictus) e Victoria (Helen Mirren de A Rainha) que também estão correndo perigo. Juntos, o quarteto mais Sarah, vão procurar os responsáveis pelos atentados.
 
Esse longa é uma adaptação de uma história de quadrinhos da DC Comics e chega a ser um pouco bobinha, mas graças as ótimas cenas de ação, uma atrás da outra, não perde o ritmo e não cansa. O filme poderia passar em branco se não fosse o elenco de primeiríssima, artistas mais que consagrados, que não precisam provar nada a ninguém. É muito engraçado ver os atores tirando sarro da sua própria velhice na obra. Destaque para o “rouba cena” profissional John Malkovich que nunca passa despercebido. Helen Mirren (rainha da elegância) também está demais em um papel pouco usual para ela.
 
É dirigido pelo desconhecido diretor Robert Schwentke, que fez também Plano de Vôo com Jodie Foster.
 
Dizem que ao longo que envelhecemos deixamos de nos levar tão a sério, com certeza, essa é a mensagem de RED.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Ligeiramente Grávidos (Knocked Up)


Alison (Katherine Heigl de Vestida Para Casar) sai para comemorar uma promoção que teve no trabalho e vai para balada, na noite acaba conhecendo Ben Stone (Seth Rogen de Superbad-É Hoje), uma cara que não tem nada a ver com ela e totalmente bêbada acaba transando com ele. Oito semanas depois da única noite em que estiveram juntos, Alison vai até a casa de Ben dizer que está grávida. Eles conversam e decidem ficar juntos, mas ele precisa amadurecer muito para ser um pai de família.

A história conta de um jeito muito divertido e inteligente como são cada fase da gestação, os conflitos de um casal que mal se conhece e vão ser pais de primeira viagem e a convivência de um casal já casado por muitos anos, Debbie (Leslie Mann de O Virge de 40 anos), irmã de Alison e Pete (Paul Rudd de Eu Te Amo, Cara). A química dos atores é impressionante e os amigos que moram com Ben dão um show à parte. Vale lembra que esse foi o papel que deu o estrelato para o ator Seth Rogen, considerado um dos melhores comediantes da atualidade.

O filme é dirigido por Judd Apatow que dirigiu O Virgem de 40 anos e o inédito no Brasil Funny People, Judd é um cara que ama a comédia escrachada e consegue fazer isso sem clichês.

Praticamente impossível não gostar, Ligeiramente Grávidos tem a dose certa de doçura e com certeza é uma comedia romântica que os homens vão gostar tanto quanto as mulheres.


sábado, 15 de janeiro de 2011

127 Horas (127 Hours)


Essa é a incrível história real do alpinista Aron Ralston (James Franco de Segurando as Pontas), que em 2003 caiu acidentalmente em uma fenda no Canyon de Utah, ficando com o braço preso em uma grande pedra. 

Durante os cinco dias em que ficou preso, Aron relembra da família, dos amores e tenta manter-se lúcido para sobreviver.

Ficamos tensos todo o tempo dessa história assustadora sobre o limite humano que prende nossa atenção pelo desespero da situação de Aron. James Franco está extraordinário e traz todo o sofrimento na expressão de seu personagem em uma interpretação difícil.

O filme é dirigido pelo moderno diretor inglês Danny Boyle (de Trainspotting e Quem Quer Ser Um Milionário) que tem uma assinatura marcante em todas as suas obras, como a edição rápida bem estilo de videoclip musical. Apesar de 54 anos Danny sempre tem a juventude como protagonista de seus longas e a música eletrônica em suas trilhas sonoras.

127 Horas chega a incomodar e por isso mesmo deve ser visto.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Céu de Suely


Hermila (Hermila Guedes da série global Força Tarefa) volta para a sua cidade natal, no interior do Ceará, após uma tentativa frustrada de conseguir emprego em São Paulo. Quando percebe que foi abandonada pelo marido com um filho pequeno, Hermila resolve ir embora para outra cidade grande e para ganhar dinheiro ela rifa seu corpo, com o codinome de Suely. A rifa se torna um grande sucesso e causa grande polêmica com o povo da cidade e com sua família. Além disso, Suely tenta se acertar com um ex-namorado da adolescência, João (João Miguel de Estômago).

História muito sensível sobre a desilusão de uma jovem garota, que quer ser mais, sonha mais alto e resolve tomar uma atitude para tentar mudar de vida. O longa é um pouco parado, mas se você tiver paciência, encontrará uma bela mensagem. Os personagens têm o mesmo nome dos atores, que dão um show de interpretação.

Dirigido pelo diretor cearense Karim Ainouz, que tem no currículo Madame Satã e Cidade Baixa entre outros, o longa tem fotografia e cenas belíssimas, ganhou vários prêmios nacionais e participou de festivais internacionais importantes como o de Veneza.

O Céu de Suely é um filme pequeno e poético.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds)


Durante a ocupação nazista, na Segunda Guerra Mundial, surge um grupo de soldados americanos judeus, intitulados de “bastardos”, liderados pelo Tenente Aldo Raine (Brad Pitt) com uma única missão: matar brutalmente e escalpar nazistas.

Bastardos Inglórios é um longa daqueles que quando acaba, você já sente saudades. A história é eletrizante, as falas maravilhosamente escritas (nenhuma novidade quando falamos de Tarantino) e a premissa não podia ser melhor. Todos os atores estão brilhantes, mas o grande destaque fica com o ator austríaco desconhecido Christoph Waltz, que faz o vilão coronel alemão Hans Landa. Cada cena sua é puro deleite para os olhos e ouvido, seu personagem consegue ser cínico, sombrio e engraçado, tudo em uma mesma cena. Repare como cada pausa que faz entre as suas falas, aumenta o nível da tensão. Waltz ganhou praticamente todos os prêmios, aos quais concorreu, inclusive o Oscar de ator coadjuvante.

Estamos falando de Quentin Tarantino (Kill Bill Vol. 1 e 2), o diretor e roteirista que mudou definitivamente o jeito de fazer cinema em 1994 com seu primeiro filme Pulp Fiction – Tempo de Violência e de bônus ainda ressuscitou a carreira do sempre amado John Travolta. A violência brutal, os diálogos inteligentes, a trilha sonora apaixonante, a edição primorosa, tudo está presente em Bastardos. É Tarantino em estado puro e nada pode ser melhor que isso. E pensar que o cara era balconista de locadora de filmes cinco anos antes de fazer sua estréia como diretor.

Assista sem receio e sem culpa, afinal de contas como não sentir uma ponta de prazer quando vemos soldados judeus, fazendo justiça com as próprias mãos e acabando com os nazistas?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cisne Negro (Black Swan)



Nina (Natalie Portman de Closer-Perto Demais) é a bailarina mais dedicada de uma companhia de balé em Nova York. Quando o diretor artístico, Thomas Leroy (Vicent Cassel de À Deriva), decide substituir a bailarina principal, Beth (Wynona Ryder de Garota, Interrompida), para uma nova peça, Lago dos Cisnes, Nina é a escolha perfeita para interpretar o cisne branco, o problema é que ela vai ter que fazer também o cisne negro, papel que encaixa perfeito na nova dançarina, Lily (Mila Kunis da série That’70s Show), que começa a disputar com Nina. Passando por um diretor cruel, uma concorrente inescrupulosa e uma mãe controladora, Erika (Barbara Hershey de Um Dia de Fúria), Nina terá que provar que pode fazer os dois papéis ao mesmo tempo em que descobre o seu lado mais sombrio.

Pausa. Esse filme definitivamente precisa de uma pausa para respirar. Não sabemos o que é real na história, que é confusa e encantadora, mas isso não nos desanima e sim estimula a procurar respostas em cada segundo de cena, em cada imagem, propositalmente nebulosa. É tudo tão belo, o figurino, a música, tudo misturado com um tom sombrio.

Natalie Portman está perfeita, o Oscar desse ano de melhor atriz já é dela. Sua atuação é magnífica, seus gestos na dança transmitem uma precisão que impressiona, é o papel da sua vida. Destaque também para Mila Kunis, que mais que merecido ganhou o papel que vai catapultar sua carreira.

O diretor Darren Aronofsky (de Réquiem Para um Sonho e O Lutador, entre outros) sempre foi fascinado por fazer filmes, estudou cinema em Harvard e na época ganhou vários prêmios por seus curtas. Seus filmes sempre são alucinógenos. Repare como ele usa o close repetidamente em cenas que nos faz entrar em transe.

Filme obrigatório. Belo, poético, obsessivo, doentio, sufocante, sensual, BRAVO!


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Distrito 9 (District 9)


Em março de 82, uma grande nave alienígena paira sobre Johanesburgo, na África do Sul. Em vez de ataques contra a humanidade o que se encontra dentro da nave são vários alienígenas doentes com um único desejo: voltar para casa.

O ano agora é 2010 e sem conseguir tirar nenhuma vantagem tecnológica dos alienígenas, os “camarões” (como são chamados os Ets pelos locais) são colocados em um campo de refugiados chamado Distrito 9 e vivem enclausurados  em situações miseráveis, como uma grande favela, odiados pela população local e em conflito direto com os humanos. O governo resolve contratar a empresa MNU para realocar os ETs para uma área mais distante chamada distrito 10. O chefe dessa operação Wikus Van der Merwe (Sharlto Copley de Esquadrão Classe A) é exposto a uma química extraterrestre que acaba mudando seu DNA e ele se vê perseguido por aqueles que comandava.

Esse foi o filme mais impactante de 2010, nada como ele foi pensado alguma vez na história. Ele parece ser um mix de documentário com ficção científica e nos faz pensar em uma possibilidade que pode ser real. O paralelo que faz com o fato de se passar na África do Sul, palco do apartheid (regime de segregação racial adotado durante quase  50 anos , onde os negros tinham seus direitos comandados por uma minoria branca) mostra o quanto a idéia da obra é genial. Os efeitos especiais são impressionantes, os aliens são praticamente tocáveis (tipo os dinossauros do Jurassic Park), é tudo muito perfeito.

O jovem diretor e co-roteirista sul-africano Neil Blomkamp, mostra uma maturidade incrível e é a nova promessa por trás das câmeras. Vale lembrar que a produção é feita pelo tão quanto gênio Peter Jackson (diretor da trilogia Senhor dos Anéis). O longa concorreu a 4 Oscars em 2010: melhor filme, edição, roteiro e efeito visual. Uma pena que por causa da mente fechada dos membros da academia não ganhou nenhum, mas só por ter sido indicado na categoria mais importante, já é um avanço de lucidez dos jurados.

Aprecie essa obra-prima e reflita, que em nossa sociedade atual onde qualquer tipo de preconceito é altamente condenável, você fosse capaz de levar esses valores adiantes ou mudaria sua perspectiva pelo fato que deixamos de falar de seres desse planeta.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Ressaca (Hot Tub Time Machine)


Três amigos, Adam (John Cusack de 1408), Nick (Craig Robinson de Segurando as Pontas) e Lou (Rob Corddry de Jogo de Amor em Las Vegas), que estão decepcionados com a vida, vão viajar para uma antiga estação de esqui onde costumavam ir quando jovens. Levam com eles Jacob (Clark Duke de Kick Ass - Quebrando Tudo) que é sobrinho de Adam.

No mesmo quarto do hotel onde se hospedavam ainda está a banheira de hidromassagem onde costumavam curtir e beber todas. Quando resolvem entrar na banheira e tomar o maior porre, acordam no dia seguinte no ano de 1986, exatamente no dia que foi crucial para cada um deles. Para voltarem no ano atual precisam agir da mesma maneira que fizeram naquela noite.

Com essa sinopse bizarra, A Ressaca parece ser uma homenagem aos filmes dos anos 80, Porky’s e Os Nerds Contra Atacam. Tudo é bem parecido, até o tipo de filmagem. Tudo bem que são filmes péssimos, mas faz parte das nossa infância ou adolescência e de tão ridículo se tornam cult.

O diretor é Steve Pink que retorna a parceria com Jonh Cusack, ele dirigiu Alta Fidelidade e Matador em Conflito, ambos com o ator, entre outros.

Sessão da tarde e vergonha alheia são as palavras que melhor definem essa comédia fraca.

domingo, 9 de janeiro de 2011

O Segredo dos Seus Olhos (El Secreto de Sus Ojos)



Oficial de justiça aposentado, Benjamin Esposito (Ricardo Darín de O Filho da Noiva) está escrevendo um livro. A história vem de uma experiência que teve muitos anos atrás quando investigou um caso de estupro e assassinato de uma bela jovem. Esse acontecimento trágico marcou muito Benjamin, que prometeu para o marido da vítima, Ricardo Morales (Pablo Rago), ajudar no que for preciso para achar o culpado. Esposito também teve a ajuda de seu grande amigo Pablo Sandoval (Guillermo Francella) e de sua chefe na época, Irene (Soledad Villamil) por quem sempre foi apaixonado.

Esse suspense argentino, grandiosamente escrito, é muito mais que um thriller policial, é em primeiro lugar uma história sobre o amor e a capacidade de expressarmos todos nossos sentimentos pela janela da alma, nossos olhos. Um longa magnífico com todos os atores, sem exceção, fantásticos e que ganhou mais que merecido o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2010.

Co-escrito e dirigido por Juan José Campanella, que também dirigiu O Filho da Noiva e Clube da Lua, que é um cineasta muito sensível, aqui ele filma uma das seqüências mais extraordinárias do cinema sem corte nenhum, a cena no estádio de futebol.

Os olhos que falam, que delatam, que sofrem, merecem estar voltados para essa grande obra cinematográfica.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Karate Kid (The Karate Kid 2010)



Sherry Parker (Taraji P. Henson de O Curioso Caso de Benjamin Button) é uma mão solteira que se muda dos Estados Unidos para a China com seu filho Dre (Jaden Smith de À Procura da Felicidade) para trabalhar. Dre, que era um garoto popular em sua cidade, encontra uma realidade dura na China, além se sofrer de bullying pelos colegas da escola, ele se apaixona por uma amiga do colégio, mas a diferença cultural atrapalha a amizade. Totalmente perdido, Dre encontra no Sr. Han (Jackie Chan de A Hora do Rush), o zelador de seu prédio e ex mestre de Kung–Fu, um grande amigo que ensina a arte da luta para ele, além de ensinamentos sobre a vida.

Amei esse filme, estava super receosa e não me arrependi. A história já é mais que conhecida, afinal é um remake do original de 1984, mas os atores dão um toque especial. Jaden, que é filho de Will Smith, prova que tem o carisma do pai e talento de sobra. Jackie Chan, que é mestre de artes marciais, mostra mais uma vez que suas cenas de luta e treinos são insuperáveis.

O longa é dirigido por Harald Zwart que tem no seu currículo filmes como A Pantera Cor de Rosa 2.

Por mais que seja feito para o público infantil, se trata de uma história de superação com lutas incríveis, ou seja, sensível e empolgante!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Arraste-me para o Inferno (Drag Me to Hell)


Christine Brown (Alison Lohman de Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas) trabalha em um banco no departamento de empréstimos. Querendo mostrar serviço para o chefe, por causa de uma possível promoção, ela caba negando empréstimo para uma senhora que está para perder a casa. A velhinha, que na verdade é uma cigana, joga uma praga em Christine para que ela seja levada para o inferno. A partir daí começa acontecer um monte de situações bizarras e ela procura ajuda de pessoas especializadas e de seu namorado Clay (Justin Long de Duro de Matar 4.0) para tentar se livrar da maldição.

Esse filme é terror clássico, muito bem escrito com cenas que vão da repugnância total ao riso em segundos. Tudo funciona, não cansa e você consegue tomar bons sustos.

O diretor é Sam Raimi que estreou no cinema com A Morte do demônio, filme de baixo orçamento que virou cult. Em seu currículo estão filmes como O Dom da Premonição e os três filmes do Homem-Aranha. Sempre que estiver uma obra de terror sendo lançado, procure o nome de Sam nos créditos, pois ele sempre está envolvido em produção, adaptação desse tipo de obra, pois é um fã do gênero.

Chame os amigos ou o namorado(a) e se divirtam sem compromisso.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Simplesmente Complicado (It’s Complicated)



Durante a formatura do filho, Jane (Meryl Streep de O Diabo Veste Prada) acaba dormindo com o ex-marido Jake (Alec Baldwin de Os Infiltrados) que atualmente é casado com uma mulher bem mais nova. Além de se tornar amante do ex, ela também começa a se envolver com Adam (Steve Martin de A Casa Caiu), um arquiteto que está trabalhando na reforma de sua casa.

Contrariando o título, esse é um filme fácil. Fácil de gostar, de dar risada, de ver.Filme bem leve, para relaxar e distrair.

O trio estrelar que protagoniza o filme, despensa comentários, e a química entre eles é perfeita. O filme ainda conta com a participação do ator John Krasinski (da série The Office), que eu adoro, ele interpreta Harley, o genro gente fina de Jane e Jake.

A diretora e roteirista é Nancy Meyers, especialista nesse gênero. Que também dirigiu e escreveu Alguém Tem Que Ceder, O Amor Não Tira Férias, Do Que As Mulheres Gostam, entre outros. Nancy não é uma cineasta inovadora, mas tem competência e faz muito bem aquilo que sabe: comédias românticas.

A soma desse elenco + diretora + comédia = diversão garantida. Recomendo sem erro.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sherlock Holmes



Sherlock (Robert Downey Jr.) e seu assistente Watson (Jude Law de Closer - Perto Demais) estão investigando o misterioso e difícil caso de Lorde Blackwood (Mark Strong de Robin Hood), um serial killer que está envolvido com magia-negra. Esse pode ser o último trabalho dos dois, já que Watson pretende se casar e levar uma vida mais calma com sua futura esposa, a qual Sherlock não confia. Além disso, a volta de um antigo amor de Holmes, Irene (Rachel McAdams de Diário de uma Paixão) que parece ter ligação com Blackwood vai dificultar ainda mais as investigações.

Esse longa não tinha o que dar errado, elenco de primeira, diretor moderníssimo, uma das histórias mais populares do suspense mundial e mesmo assim ele decepciona. Veja bem, a releitura do personagem Sherlock pelo Robert está perfeita. Holmes aparece como um cara sarcástico, charmoso e super carismático. Jude também tem mérito pelo seu contido, mas preciso Watson, só que a história é muito boba, parece ser feita para crianças.

O diretor Guy Ritchie (dos ótimos Snatch-Porcos e Diamantes e Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes) até consegue imprimir sua assinatura irresistível, com seqüências de câmera impressionantes e a edição  primorosa de sempre, porém com um roteiro ruim, não tem como fazer milagre.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Zona Verde (Green Zone)



Em 2003 o subtenente do exército americano Roy Miller (Matt Damon) e sua equipe são designados para achar armas de destruição em massa no Iraque, cuja existência é afirmada pelo representante do Pentágono, Poundsgate (Greg Kinnear de Melhor é impossível) e justifica a presença do exército americano em Bagdá. Um veterano agente da CIA , Marty, conta para Roy que não existe e nunca existiu tais armas e que toda a história é apenas desculpa para os Estados Unidos tomarem conta do Iraque. Quando Roy conhece uma jornalista que também tem suspeita contra Poundstone, sua busca pela verdade se torna obsessiva.

Zona Verde é um dos melhores filmes feitos sobre a invasão americana ao Iraque. A obra não poupa ninguém e mostra a verdade nua e crua por trás dessa guerra que o mundo nunca entendeu.

Quem dirige é Paul Greengrass (meu diretor herói) que se junta com Matt Damon pela terceira vez (ele dirigiu os excelentes A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne). Paul é um dos cineastas mais politizados que a América conheceu desde Oliver Stone. Uma das suas características são os ângulos perfeitos nas suas filmagens e cenas de ação que parecem ter sido tiradas de documentários tamanhas a veracidade que passa.

Livre-se da idéia que filmes sobre guerra são chatos e tente entender esse conflito,que faz parte da nossa geração, sobre o ponto de vista de um mestre como Greengrass.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Alright)


 Nic (Anette Bening de Beleza Americana) e Jules (Julianne Moore de Ensaio Sobre a Cegueira) são um casal de lésbicas com dois filhos, Joni (Mia Warsikowska de Alice no País das Maravilhas) e Laser (Josh Hutcherson de Ponte de Terrabithia) e vivem uma vida equilibrada. Quando seus filhos resolvem conhecer o doador de sêmen das suas mães, Paul (Mark Ruffalo de Ensaio Sobre a Cegueira), toda a harmonia da família é colocada em xeque.

Esse filme poderia virar um clichê gigante, mas vai contra todas as regras e previsões. A história é engraçadíssima e interessante. Os atores estão magníficos, mas quem rouba a cena é Anette Bening que faz uma interpretação tão poderosa de Nic, que é impossível que não concorra ao Oscar nesse ano. É gratificante ver que mulheres acima de 50 anos ainda conseguem brilhar e ganhar papéis de destaque em Hollywood, com certeza, o cinema precisa mais disso.

A diretora e co-roterista é Lisa Cholodenko que dirigiu vários episódios dês séries de prestígio como A Sete Palmos e Hung, entre outros.

Minhas Mães e Meu Pai é um trabalho pequeno que se torna grandioso a tratar de um dos muitos tipos de família que fazem parte da nossa sociedade atual de forma digna e verdadeira.


domingo, 2 de janeiro de 2011

I'm Still Here: O ano perdido de Joaquin Phoenix (I'm Still Here: The Lost Year of Joaquin Phoenix)


Esse é o documentário sobre a mudança de carreira do então ator Joaquin Phoenix, que resolveu abandonar a atuação para virar rapper.

Vamos por partes. JP é um dos atores mais talentosos de Hollywood, irmão do falecido ator River Phoenix (que estrelou Conta Comigo, clássico dos clássicos). Joaquin, um homem tímido, tem uma trajetória brilhante, estrelando filmes como Sinais, Brigada 49, Gladiador, Johnny e June, entre outros. Por esses dois últimos ele concorreu ao Oscar de melhor ator coadjuvante e principal respectivamente.

Em 2008 durante um evento de caridade ele anunciou que não faria mais filmes e que iria se dedicar integralmente a virar um cantor de rap. Depois disso é ladeira a baixo. Tudo é extremamente bizarro, a tentativa de fazer com que P.Diddy (o antigo Puff Daddy) produza um disco seu, esnobando o convite de Ben Stiller para fazer um filme, cheirando cocaína nos peitos de uma prostituta, fazendo uma participação patética no programa do David Letterman e culmina com uma apresentação de seu show em um clube de Miami ridícula, ou seja, vira piada nacional. Durante o relato não sabemos se o cara realmente surtou ou se tudo é uma grande farsa.

O filme/documentário é dirigido pelo ator Casey Affleck (irmão de Ben Affleck) que estrelou O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford e é cunhado na vida real de Joaquin.

O longa termina com uma cena que é poesia pura e você entende que I’m Still Here (traduzindo Eu Ainda Estou Aqui) nada mais é que Phoenix dizendo, eu ainda sou o Joaquin que vocês conhecem, eu não pirei, eu não mudei,não estou tentando fazer uma estratégia de  marketing, estou apenas fazendo a melhor interpretação da minha vida. Bravo!


sábado, 1 de janeiro de 2011

Educação (An Education)


Nos anos 60, Jenny Mellor (Carey Mulligan de Orgulho e Preconceito), uma garota de 16 anos que mora com seus pais no subúrbio de Londres, tem um grande sonho que é entrar na Universidade de Oxford e estuda duro para isso, apoiada e pressionada por seu pai Jack (Alfred Molina de Homem Aranha 2) que deseja que a filha tenha uma vida melhor que a dele. Quando ela conhece David (o maravilhoso Peter Sarsgard de Soldado Anônimo), um playboy que tem o dobro da sua idade, ele a leva para um mundo cheio de festas, eventos culturais e a moça se habitua rápido com essa vida, pensando em largar seu sonho e mudando as suas convicções. David consegue até encantar o pai da moça com seu jeito bon vivant.

Esse é um longa vazio que não nos leva a lugar nenhum. Se a intenção foi passar alguma mensagem como, por exemplo, a independência feminina, não conseguiu.

Tem várias coisas que eu não consegui entender sobre esse filme. A atuação de Carey é linda, mas ela se perde no enredo confuso. Uma pena, pois têm muitas atuações boas de todos os atores desperdiçadas. O grande escritor britânico Nick Hornby, que escreveu livros como Um Grande Garoto, Alta fidelidade e Febre de Bola, não soube fazer aqui o que fez com suas obras, montando uma história sem continuidade, que parecer ter sido solta no ar.

Dirigido pela cineasta Lone Scherfig, só vale pelo figurino e a fotografia, belíssimos.

Concorreu ao Oscar de melhor filme de 2010 (além de outras duas indicações), mas mencionando o mestre Shakespeare, muito barulho por nada.