sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Arraste-me para o Inferno (Drag Me to Hell)


Christine Brown (Alison Lohman de Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas) trabalha em um banco no departamento de empréstimos. Querendo mostrar serviço para o chefe, por causa de uma possível promoção, ela caba negando empréstimo para uma senhora que está para perder a casa. A velhinha, que na verdade é uma cigana, joga uma praga em Christine para que ela seja levada para o inferno. A partir daí começa acontecer um monte de situações bizarras e ela procura ajuda de pessoas especializadas e de seu namorado Clay (Justin Long de Duro de Matar 4.0) para tentar se livrar da maldição.

Esse filme é terror clássico, muito bem escrito com cenas que vão da repugnância total ao riso em segundos. Tudo funciona, não cansa e você consegue tomar bons sustos.

O diretor é Sam Raimi que estreou no cinema com A Morte do demônio, filme de baixo orçamento que virou cult. Em seu currículo estão filmes como O Dom da Premonição e os três filmes do Homem-Aranha. Sempre que estiver uma obra de terror sendo lançado, procure o nome de Sam nos créditos, pois ele sempre está envolvido em produção, adaptação desse tipo de obra, pois é um fã do gênero.

Chame os amigos ou o namorado(a) e se divirtam sem compromisso.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Simplesmente Complicado (It’s Complicated)



Durante a formatura do filho, Jane (Meryl Streep de O Diabo Veste Prada) acaba dormindo com o ex-marido Jake (Alec Baldwin de Os Infiltrados) que atualmente é casado com uma mulher bem mais nova. Além de se tornar amante do ex, ela também começa a se envolver com Adam (Steve Martin de A Casa Caiu), um arquiteto que está trabalhando na reforma de sua casa.

Contrariando o título, esse é um filme fácil. Fácil de gostar, de dar risada, de ver.Filme bem leve, para relaxar e distrair.

O trio estrelar que protagoniza o filme, despensa comentários, e a química entre eles é perfeita. O filme ainda conta com a participação do ator John Krasinski (da série The Office), que eu adoro, ele interpreta Harley, o genro gente fina de Jane e Jake.

A diretora e roteirista é Nancy Meyers, especialista nesse gênero. Que também dirigiu e escreveu Alguém Tem Que Ceder, O Amor Não Tira Férias, Do Que As Mulheres Gostam, entre outros. Nancy não é uma cineasta inovadora, mas tem competência e faz muito bem aquilo que sabe: comédias românticas.

A soma desse elenco + diretora + comédia = diversão garantida. Recomendo sem erro.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sherlock Holmes



Sherlock (Robert Downey Jr.) e seu assistente Watson (Jude Law de Closer - Perto Demais) estão investigando o misterioso e difícil caso de Lorde Blackwood (Mark Strong de Robin Hood), um serial killer que está envolvido com magia-negra. Esse pode ser o último trabalho dos dois, já que Watson pretende se casar e levar uma vida mais calma com sua futura esposa, a qual Sherlock não confia. Além disso, a volta de um antigo amor de Holmes, Irene (Rachel McAdams de Diário de uma Paixão) que parece ter ligação com Blackwood vai dificultar ainda mais as investigações.

Esse longa não tinha o que dar errado, elenco de primeira, diretor moderníssimo, uma das histórias mais populares do suspense mundial e mesmo assim ele decepciona. Veja bem, a releitura do personagem Sherlock pelo Robert está perfeita. Holmes aparece como um cara sarcástico, charmoso e super carismático. Jude também tem mérito pelo seu contido, mas preciso Watson, só que a história é muito boba, parece ser feita para crianças.

O diretor Guy Ritchie (dos ótimos Snatch-Porcos e Diamantes e Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes) até consegue imprimir sua assinatura irresistível, com seqüências de câmera impressionantes e a edição  primorosa de sempre, porém com um roteiro ruim, não tem como fazer milagre.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Zona Verde (Green Zone)



Em 2003 o subtenente do exército americano Roy Miller (Matt Damon) e sua equipe são designados para achar armas de destruição em massa no Iraque, cuja existência é afirmada pelo representante do Pentágono, Poundsgate (Greg Kinnear de Melhor é impossível) e justifica a presença do exército americano em Bagdá. Um veterano agente da CIA , Marty, conta para Roy que não existe e nunca existiu tais armas e que toda a história é apenas desculpa para os Estados Unidos tomarem conta do Iraque. Quando Roy conhece uma jornalista que também tem suspeita contra Poundstone, sua busca pela verdade se torna obsessiva.

Zona Verde é um dos melhores filmes feitos sobre a invasão americana ao Iraque. A obra não poupa ninguém e mostra a verdade nua e crua por trás dessa guerra que o mundo nunca entendeu.

Quem dirige é Paul Greengrass (meu diretor herói) que se junta com Matt Damon pela terceira vez (ele dirigiu os excelentes A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne). Paul é um dos cineastas mais politizados que a América conheceu desde Oliver Stone. Uma das suas características são os ângulos perfeitos nas suas filmagens e cenas de ação que parecem ter sido tiradas de documentários tamanhas a veracidade que passa.

Livre-se da idéia que filmes sobre guerra são chatos e tente entender esse conflito,que faz parte da nossa geração, sobre o ponto de vista de um mestre como Greengrass.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Alright)


 Nic (Anette Bening de Beleza Americana) e Jules (Julianne Moore de Ensaio Sobre a Cegueira) são um casal de lésbicas com dois filhos, Joni (Mia Warsikowska de Alice no País das Maravilhas) e Laser (Josh Hutcherson de Ponte de Terrabithia) e vivem uma vida equilibrada. Quando seus filhos resolvem conhecer o doador de sêmen das suas mães, Paul (Mark Ruffalo de Ensaio Sobre a Cegueira), toda a harmonia da família é colocada em xeque.

Esse filme poderia virar um clichê gigante, mas vai contra todas as regras e previsões. A história é engraçadíssima e interessante. Os atores estão magníficos, mas quem rouba a cena é Anette Bening que faz uma interpretação tão poderosa de Nic, que é impossível que não concorra ao Oscar nesse ano. É gratificante ver que mulheres acima de 50 anos ainda conseguem brilhar e ganhar papéis de destaque em Hollywood, com certeza, o cinema precisa mais disso.

A diretora e co-roterista é Lisa Cholodenko que dirigiu vários episódios dês séries de prestígio como A Sete Palmos e Hung, entre outros.

Minhas Mães e Meu Pai é um trabalho pequeno que se torna grandioso a tratar de um dos muitos tipos de família que fazem parte da nossa sociedade atual de forma digna e verdadeira.


domingo, 2 de janeiro de 2011

I'm Still Here: O ano perdido de Joaquin Phoenix (I'm Still Here: The Lost Year of Joaquin Phoenix)


Esse é o documentário sobre a mudança de carreira do então ator Joaquin Phoenix, que resolveu abandonar a atuação para virar rapper.

Vamos por partes. JP é um dos atores mais talentosos de Hollywood, irmão do falecido ator River Phoenix (que estrelou Conta Comigo, clássico dos clássicos). Joaquin, um homem tímido, tem uma trajetória brilhante, estrelando filmes como Sinais, Brigada 49, Gladiador, Johnny e June, entre outros. Por esses dois últimos ele concorreu ao Oscar de melhor ator coadjuvante e principal respectivamente.

Em 2008 durante um evento de caridade ele anunciou que não faria mais filmes e que iria se dedicar integralmente a virar um cantor de rap. Depois disso é ladeira a baixo. Tudo é extremamente bizarro, a tentativa de fazer com que P.Diddy (o antigo Puff Daddy) produza um disco seu, esnobando o convite de Ben Stiller para fazer um filme, cheirando cocaína nos peitos de uma prostituta, fazendo uma participação patética no programa do David Letterman e culmina com uma apresentação de seu show em um clube de Miami ridícula, ou seja, vira piada nacional. Durante o relato não sabemos se o cara realmente surtou ou se tudo é uma grande farsa.

O filme/documentário é dirigido pelo ator Casey Affleck (irmão de Ben Affleck) que estrelou O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford e é cunhado na vida real de Joaquin.

O longa termina com uma cena que é poesia pura e você entende que I’m Still Here (traduzindo Eu Ainda Estou Aqui) nada mais é que Phoenix dizendo, eu ainda sou o Joaquin que vocês conhecem, eu não pirei, eu não mudei,não estou tentando fazer uma estratégia de  marketing, estou apenas fazendo a melhor interpretação da minha vida. Bravo!


sábado, 1 de janeiro de 2011

Educação (An Education)


Nos anos 60, Jenny Mellor (Carey Mulligan de Orgulho e Preconceito), uma garota de 16 anos que mora com seus pais no subúrbio de Londres, tem um grande sonho que é entrar na Universidade de Oxford e estuda duro para isso, apoiada e pressionada por seu pai Jack (Alfred Molina de Homem Aranha 2) que deseja que a filha tenha uma vida melhor que a dele. Quando ela conhece David (o maravilhoso Peter Sarsgard de Soldado Anônimo), um playboy que tem o dobro da sua idade, ele a leva para um mundo cheio de festas, eventos culturais e a moça se habitua rápido com essa vida, pensando em largar seu sonho e mudando as suas convicções. David consegue até encantar o pai da moça com seu jeito bon vivant.

Esse é um longa vazio que não nos leva a lugar nenhum. Se a intenção foi passar alguma mensagem como, por exemplo, a independência feminina, não conseguiu.

Tem várias coisas que eu não consegui entender sobre esse filme. A atuação de Carey é linda, mas ela se perde no enredo confuso. Uma pena, pois têm muitas atuações boas de todos os atores desperdiçadas. O grande escritor britânico Nick Hornby, que escreveu livros como Um Grande Garoto, Alta fidelidade e Febre de Bola, não soube fazer aqui o que fez com suas obras, montando uma história sem continuidade, que parecer ter sido solta no ar.

Dirigido pela cineasta Lone Scherfig, só vale pelo figurino e a fotografia, belíssimos.

Concorreu ao Oscar de melhor filme de 2010 (além de outras duas indicações), mas mencionando o mestre Shakespeare, muito barulho por nada.