quarta-feira, 25 de maio de 2011
Thor (Thor)
Thor (o novato Chris Hemsworth), o deus do trovão, é um corajoso e arrogante guerreiro que é expulso do reino de Asgard e mandado de castigo para a terra pelo seu pai Odin (Anthony Hopkins de O Silêncio dos Inocentes). No mundo humano, sem seus poderes, ele conhece a cientista Janie Foster (Natalie Portman de Cisne Negro) e juntos eles vão descobrir muitos mistérios e ainda tentar salvar o reino de Asgard.
Baseado na mitologia nórdica, Thor, é um super-herói da Marvel, que tem muitos admiradores no mundo inteiro. Confesso que amo histórias de super-heróis mas não estava muito empolgada pelo longa. Felizmente fui ver e simplesmente adorei. Tudo funciona, a história é bem apresentada (afinal nem todos nós somos fãs de quadrinhos) e depois o filme evolui com cenas de ação e combate maravilhosas, várias partes engraçadas e permanece interessante do começo ao fim, valendo cada minuto.
O elenco está afiadíssimo, mas quem surpreende mesmo é o ator Chris Hemsworth, que está perfeito no papel principal, dando o suporte dramático e físico necessário para interpretar o herói. Natalie Portman está muito bem e vemos a leveza e simpatia que ela traz para Jane. Logo após o término do tenso e sofrido Cisne Negro, esse foi o longa que ela fez em seguida e a atriz mostra sua versatilidade mais uma vez, além de ter uma química bacana com Crhis.
Dirigido pelo grande ator shakesperiano Kenneth Branagh (Muito Barulho por Nada, Hamlet), se pararmos para pensar, nada melhor que um profundo conhecedor de Shakespeare, para dirigir um filme sobre reis, deuses, traição e amor. Kenneth tem o êxito de transformar um possível blockbuster em uma obra mais completa e com certo status de arte.
Uma das coisas mais difíceis de se ver hoje no cinema, é a medida certa , o equilíbrio entra as várias sensações que uma história pode contar e Thor consegue.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Esposa de Mentirinha (Just Go With It)
Danny (Adam Sandler de Click) é um badalado cirurgião plástico que finge ser casado e mal tratado pela sua esposa para conquistar as mulheres. Quando ele se apaixona de verdade por uma garota bem mais nova, ele pede para sua assistente Katherine (Jennifer Aniston de Marley e Eu) fingir ser sua ex-esposa.
O nome em português é bem clichê e acaba passando uma idéia errada do longa. Com cenas engraçadíssimas e diálogos impagáveis esse filme foi uma boa surpresa. Claro que é um besteirol americano, mas nem por isso deixa de ser muito bom. Adam e Jennifer dão show como sempre, a química e o timing de comédia dos dois é perfeito, talvez o maior trunfo deles seja a espontaneidade mostrada em cada frase. Os atores mirins que fazem os filhos de Katherine são hilários e o longa ainda conta com uma participação mais que especial de Nicole Kidman e David Matthews (da David Matthews Band).
O diretor Dennis Dugan (de O Paizão e Eu os Declaro Marido e ... Larry) é parceiro de Adam Sandler e praticamente dirigiu a grande maioria dos seus filmes. Dennis não é um nome conhecido, mas cumpre seu papel de forma simples e direta, afinal nesse tipo de longa (mais do que em qualquer outro) quem brilha é o elenco.
Esposa de Mentirinha agrada a todos e nos deixa mais leve ao acabar de assistir.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Sucker Punch - Mundo Surreal (Sucker Punch )
Baby Doll (Emily Browning de Desventuras em Série) é uma jovem garota que após a morte de sua mãe é mandada para um sanatório pelo padrasto mau-caráter. No hospital psiquiátrico comandado por um louco, Baby passa a viver em um mundo imaginário para sobreviver ao sofrimento e faz amizade com Rocket (Jena Malone de Na Natureza Selvagem), Sweet Pea (Abbie Cornish de Candy), Blondie (Vanessa Hudgens de High School Musical) e Amber (Jamie Chung de Gente Grande).
Fui ao cinema com o maior pé atrás para ver esse filme, mas por ter sido feito por um diretor que eu gosto, acabei cedendo. Má idéia. A obra não tem o maior sentido, a história é muito sem graça e passado os primeiros vinte minutos já começamos a nos arrepender totalmente. As cenas de ação, principalmente as duas primeiras, são executadas com perfeição e os efeitos especiais são de primeira, mas é só isso. O elenco principal desanima um pouco, a protagonista não empolga, talvez as duas promessas como atrizes sejam Abbie Cornish (Sweet Pea) e Jena Malone (Rocket).
O diretor Zach Snyder (de 300 e Watchmen - O Filme), sempre busca projetos difíceis e originais, mas peca ao dar mais valor para o visual do que por uma trama bem narrada e inteligente nesse longa.
Sucker Punch - Mundo Surreal é um daqueles fracassos anunciados. Talvez, pelo grande apelo sensual, agrade adolescentes e marmanjos de plantão.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Não Me Abandone Jamais (Never Let me Go)
Durante a infância, Kathy (Carey Muligan de Educação), Tommy (Andrew Garfield de A Rede Social) e Ruth (Keira Knightley de Piratas do Caribe) estudam em um colégio interno, na Inglaterra, que tem o propósito de criar crianças para cumprirem um futuro trágico quando completarem vinte e tantos anos. Enquanto se tornam adultos a amizade entre os três e o triângulo amoroso define seus caminhos antes de enfrentarem seus destinos.
Filme lindíssimo e delicado sobre a fragilidade da vida, daquilo que não podemos mudar. Não é um filme para qualquer um, e quando digo isso não tenho a intenção de desmerecer ninguém, mas honestamente não é um longa para as massas. A história é tão diferente e bem narrada que me prendeu a todo momento. Vale lembrar que o filme é a adaptação de um livro de grande sucesso de 2005 que foi considerado pela revista Times como o melhor livro da década. Sempre parece que algo está por vir, tentamos decifrar cada minuto que virá, sofremos pelo destino deles. O que torna o longa tão único é que na verdade é uma ficção científica onde drama é o principal, a ficção fica de fundo. Os três atores estão maravilhosos, todos já provaram que vieram para ficar. Justamente por não possuirem aquele ar de atores hollywoodianos, nos envolvem mais durante a obra, dão a sensação de veracidade e se despem de qualquer beleza.
Dirigido por Mark Romanek (de Retratos de uma Obsessão) , que é conhecido por fazer videoclips musicais e documentários para artistas como Madonna, Michael Jackson e REM, entre outros. Mark consegue mostar a sua personalidade ao escolher um roteiro que foge da mesmice e com certeza é um visionário.
Prepare o lenço de papel e ao final de Não Me Abandone Jamais não estranhe se sentir um vazio.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Bravura Indômita (True Grit)
Mattie (Hailee Steinfeld) é uma garota de 14 anos que está obstinada em encontrar Chaney (Josh Brolin de Milk - A voz da Igualdade), o assassino de seu pai, que fugiu logo após cometer o crime e contrata o serviço do policial Rooster (Jeff Bridges de Homem de Ferro), um pistoleiro bêbado e caolho que é conhecido pela grande coragem. Junta-se à eles LaBoeuf (Matt Damon de Além da Vida), um oficial do Texas que também está a procura de Chaney. Juntos, os três percorrem uma jornada perigosa e com muitas surpresas.
Esse faroeste clássico já ganhou um espaço na minha lista de preferidos. Com um roteiro certeiro, diálogos maravilhosos e elenco afinadíssimo é impossível não se empolgar com o longa. A menina Mattie nos emociona com sua obstinação e inteligência, sua relação com os dois pistoleiros vai crescendo ao longo da história sem clichê algum. Hailee, que faz a menina , é mais um caso de atrizes mirins que parecem ter a experiência de gigantes e rouba a cena em várias partes do filme. Jeff Bridges está perfeito e Matt Damon prova ser o ator mais brilhante e versátil da atualidade. Matt demonstra veracidade em cada cena e apesar do ator estrelar quase três filmes por ano, não conseguimos cansar de seu trabalho, tamanha a singularidade de seus personagens.
Dirigido e escrito pelos famosos irmãos Ethan e Joel Coen (de Fargo, Onde os Fracos Não Tem Vez e Queime Depois de Ler, entre outros), os talentosos irmãos sempre produzem, escrevem e dirigem seus filmes de uma forma muito original e posso dizer sem culpa que nunca vi um filme ruim dos Coens, eles simplesmente têm o humor negro e o tom crítico necessário para tratar de qualquer assunto, talvez isso explique como eles escolhem temas totalmente diferentes para suas obras e mesmo assim conseguimos ver suas assinaturas em cada uma delas. Vale lembrar que o longa concorreu ao Oscar desse ano em dez categorias, incluindo melhor filme, diretor, ator (Jeff Bridges) e atriz coadjuvante (Hailee Steinfeld).
Retribuição, punição, indomável. Essas são só algumas palavras para definir o surpreendente Bravura Indômita.
sexta-feira, 11 de março de 2011
O Besouro Verde (The Green Hornet)
Após a morte de seu pai, o playboy Britt Reid (Seth Rogen de Ligeiramente Grávidos) tem que lidar com o comando do jornal da família e acaba conhecendo Kato (Jay Chou de A Maldição da Flor Dourada), um funcionário de seu pai expert em artes maciais. Junto com Kato, Britt resolve combater o crime da cidade de Los Angeles se tornando o super- herói Besouro Verde.
O Besouro Verde foi uma série de muito sucesso em 1966, onde o lendário Bruce Lee interpretava o ajudante Kato. Nesse longa com cenas muito originais de ação e o charme engraçado de Seth Rogen, infelizmente a história do herói mascarado não emociona, os diálogos são muitas vezes sem nexo e vemos um filme sem inspiração e totalmente esquecível. Mesmo com a presença do ótimo ator Christoph Waltz (de Bastardos Inglórios) fazendo o vilão Chudnofsky/ Bloodnofsky, o longa não empolga. Cameron Diaz faz a secretária de Britt, Lenore, um papel tão apagado, que parece estar no filme apenas para chamar publicidade com seu nome. O ator James Franco (de 127 Horas) faz uma ponta no começo, que com certeza é a parte mais engraçada da obra e o grande Tom Wilkinson (de Batman Begins) faz o pai de Britt, James Reid.
O diretor é o francês Michel Gondry (de Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembraças) que parecia ser a nova promessa do cinema, mas até agora não fez filmes muito expressivos desde Brilho Eterno. No filme ele empresta a sua genialidade nas artes gráficas, criando cenas modernas e ângulos diferentes de câmeras.
O Besouro Verde vem com a promessa de nos surpreender, mas não cumpre.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família (Little Fockers)
Na terceira sequência do longa orginal, Jack Byrnes (Robert De Niro) quer passar a sucessão de chefe da família para Greg (Ben Stiller de Quem vai ficar com Mary) e quando as coisas parecem finalmente ter se acertado entre os dois, uma série de acontecimentos faz com que Jack desconfie que Greg está traindo sua filha Pam (Teri Polo de Amor se Fronteiras) e a volta do antigo namorado de Pam, Kevin (Owen Wilson de Marley e Eu), também complica a harmonia da família Focker.
Gostei muito do primeiro, desconfiei do segundo e nesse terceiro longa da franquia ficou claro que a criatividade dos roteiristas acabou. Filme muito fraco, sem graça mesmo, as pouquíssimas cenas engraçadas se devem ao personagem Kevin (Owen Wilson), muito bom no seu papel. Mesmo contando com um elenco muito bom, que ainda conta com a participação de Dustin Hoffman (de Rain Man), Barbra Streisand (de O Príncipe das Marés) e Jessica Alba (de Sin City), o longa repete clichês atrás de clichês, não prende a atenção e ficamos impaciente para acabar logo.
O diretor é Paul Weitz (de American Pie, Um Grande Garoto), muito experiente em comédias. Paul não dirigiu os dois primeiros filmes da série, e faz o seu trabalho sem grandes expectativas.
Entrando Numa fria Maior Ainda com a Família (tradução brasileira péssima) é sessão da tarde apenas para quem estiver totalmente desocupado.
Gostei muito do primeiro, desconfiei do segundo e nesse terceiro longa da franquia ficou claro que a criatividade dos roteiristas acabou. Filme muito fraco, sem graça mesmo, as pouquíssimas cenas engraçadas se devem ao personagem Kevin (Owen Wilson), muito bom no seu papel. Mesmo contando com um elenco muito bom, que ainda conta com a participação de Dustin Hoffman (de Rain Man), Barbra Streisand (de O Príncipe das Marés) e Jessica Alba (de Sin City), o longa repete clichês atrás de clichês, não prende a atenção e ficamos impaciente para acabar logo.
O diretor é Paul Weitz (de American Pie, Um Grande Garoto), muito experiente em comédias. Paul não dirigiu os dois primeiros filmes da série, e faz o seu trabalho sem grandes expectativas.
Entrando Numa fria Maior Ainda com a Família (tradução brasileira péssima) é sessão da tarde apenas para quem estiver totalmente desocupado.
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