domingo, 20 de fevereiro de 2011
Namorados Para Sempre (Blue Valentine)
A história de um casal, Dean (Ryan Gosling de Diário de uma Paixão) e Cindy (Michelle Williams de Ilha do Medo) e a evolução de relacionamento deles desde o namoro até o casamento nos dias atuais.
Como sempre a tradução dos filmes para brasileiros é rudimentar e passa uma expectativa muito errada sobre o filme, nesse caso é a mesma coisa. Namorados Para Sempre não é uma comédia romântica ou um grande filme de amor, trata-se de um relato verdadeiro e doloroso sobre as mudanças que as pessoas sofrem durante um relacionamento e a difícil tarefa de manter o encantamento pelo outro e por si próprio ao longo dos anos, a obra é toda intercalada com cenas do presente e do passado. Ryan e Michelle estão muito reais em seus papéis e quem diria que a apática e eterna Jen de Dawson’s Creek viraria uma atriz de papéis sérios e profundos. Michelle está concorrendo ao Oscar de melhor atriz nesse ano pelo longa.
O diretor é o desconhecido Derek Cianfrance, que praticamente só fez documentários para a TV, aqui ele estréia nos longas e mostra ter um grande talento. O visual do filme é maravilhoso e repare como ele filma o passado com filme e o presente com câmera digital, é curioso também que no passado, praticamente Dean e Cindy estão juntos em quase todos os planos e no presente aparecem bastante separados, já antecipando a queda do casal.
Honestamente, esperava mais do filme e principalmente senti a falta de um final, mas Namorados Para Sempre tem seus momentos brilhantes.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
O Discurso do Rei (The King's Speech)
A história real de como o Rei George VI (Colin Firth de O Diário de Bridgte Jones), da Inglaterra, tomou posse do trono depois da abdicação de seu irmão e sua luta para curar uma gagueira que o impedia de falar em público e adquirir respeito com a ajuda de um terapeuta nada convencional Lionel Logue (Geoffrey Rush de Shine-Brilhante) e de sua dedicada esposa, a Rainha Elizabeth (Helena Bonham Carter (de Clube da Luta).
Com um roteiro perfeitamente estruturado sobre a verdadeira saga do Rei George VI, esse longa é uma lição de superação em todos os sentidos. Ficamos impressionados com os dados históricos e maravilhados com a história de amizade entre Bertie (o Rei George) e Lionel. O elenco está impecável e conta com uma interpretação estrondosa de Colin, Geoffrey e Helena, não é surpresa que estão sendo indicados nesse ano ao Oscar de melhor ator, ator coadjuvante e atriz coadjuvante respectivamente.
Dirigido pelo inglês Tom Hooper, o filme é uma verdadeira lição de cinema clássico, com enquadramentos perfeitos e fotografia, figurino, trilha Sonora, basicamente todos os elementos, impecáveis. A obra está concorrendo a 12 Oscars, inclusive melhor filme e melhor direitor.
Saber a importância de ouvir nossa voz interior e nos livrar dos medos, esse é o principal discurso dessa belíssima obra.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Nem Tudo é o Que Parece (Layer Cake)
Um traficante de cocaína de muito sucesso (Daniel Craig de 007- Cassino Royale) recebe duas missões de seu chefe no dia em que iria se aposentar: achar a filha viciada em crack de um poderoso empresário amigo de infância do seu chefe e ao mesmo tempo achar um comprador para uma quantidade enorme de Ecstasy que vale em torno de 2 milhões de libras, o problema é que o Ecstasy foi roubado de uma máfia sérvia muito perigosa, que quer a sua droga de volta ou vai matar todos envolvidos ou não no roubo.
Com um roteiro muito bem estruturado, o começo do filme parece ser um manual de como ser um traficante de drogas de muito sucesso, sem ser pego pela polícia, só por essa parte, já valeria a obra, mas temos muito mais para apreciar nessa história perfeita, cheia de reviravoltas e idéias bem boladas. Ficamos atentos todo o tempo tentando achar uma saída para o nosso anti-herói. O elenco está perfeito, Daniel (o novo James Bond), realmente é o “inglês do momento” com charme e talento de sobra e o seu parceiro Morty (George Harris de Harry Potter e a Ordem da Fênix) destaca-se em várias cenas.
Esse foi o primeiro filme dirigido por Matthew Vaughn (de Kick-Ass – Quebrando tudo) e podemos dizer que o cara começou com o pé direito. Com uma edição primorosa, ele consegue passar para o público de um jeito moderno o submundo das drogas londrino com cenas antológicas como a de quando Morty bate em um cara ao som de Ordinary World do Duran Duran.
Nem Tudo é o que Parece é uma feliz surpresa para os que apreciam cinema de primeira.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
The Rocky Horror Picture Show
Uma comédia musical de horror que conta a história do jovem e doce casal, que acabaram de ficar noivos, Brad (Barry Bostwick do seriado Spin City) e Janet (Susan Sarandon de Thelma e Louise) que estão viajando e acabam parados na estrada, no meio da chuva, por causa de um problema no carro e encontram uma mansão, onde o morador é o Dr. Frank-N-Furter (Tim Curry de As Panteras), um travesti que vive com um bizarro grupo de empregados que conta com o mordomo Riff Raff (Richard O’Brien de Para Sempre Cinderela), a doméstica Magenta (Patricia Quinn de Monty Python - O Sentido da Vida) e a groupie Columbia (Nell Campbell de Grandes Esperanças).
Esse filme extrapola todos os limites do ridículo e por isso mesmo é tão sensacional, vale lembrar que não foi muito bem recebido pelo público, até porque aborda o sexo e o homossexualismo de maneira totalmente aberta, um choque para o ano de 1975, quando o longa foi lançado. Ficou em cartaz por quatro anos na Inglaterra e hoje em dia virou cult nos Estados Unidos e na Europa. Destaque para Tim Curry que faz o Dr. Frank e está escrachadamente maravilhoso e para a trilha sonora muito original.
Dirigido por Jim Sharman, originalmente um diretor de teatro experimental, que adaptou o roteiro do filme a partir da peça de autoria dele mesmo.
Esqueça qualquer coerência, veja com zero expectativa e sem levar nada a sério, só assim a experiência de assistir The Rock Horror Picture Show vai ser válida.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Julie e Julia
A verdadeira história de como Julia Child (Meryl Streep) aprendeu a cozinhar até virar referência nos EUA, tendo seus livros de receita no topo da lista dos mais vendidos e de Julie Powel (Amy Adams de O Vencedor), uma funcionária pública, que monta um blog, onde pretende fazer todas as receitas do primeiro livro de Julia e postar diariamente.
Filme delicioso, nos dois sentidos, a história da famosa cozinheira Julia em paralelo com a de Julie é inteligente e sofisticada. O começo da profissionalização de Julie na França é revelador e mostra como ela era uma mulher muito a frente do seu tempo e foi quem mostrou aos americanos que todos poderiam fazer os famosos pratos franceses, popularizando a culinária.
As duas atrizes estão ótimas, mas Meryl realmente é demais (novidade) e faz uma Julia idêntica a da vida real, é impressionante a sua caracterização, expressão corporal e voz.
Dirigido por Nora Ephron, talentosíssima em comédias românticas, em seu currículo consta o roteiro do clássico Harry e Sally – Feitos um Para o Outro, além de dirigir e escrever Mensagem pra Você e Sintonia de Amor, entre outros.
Julie e Julia é um belo filme que precisa ser acompanhado com uma boa taça de vinho. Após o final, já deixe a janta pronta, porque vai dar fome.
Julie e Julia é um belo filme que precisa ser acompanhado com uma boa taça de vinho. Após o final, já deixe a janta pronta, porque vai dar fome.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Snatch – Porcos e Diamantes (Snatch)
Frankie Quatro Dedos (Benicio Del Toro de Traffic) é um ladrão de diamantes que está de passagem por Londres e precisa levar os diamantes para seu chefe, Avi (Dennis Farina de O Resgate do Soldado Ryan), vendê-los em NY. Frankie não resiste e resolve ficar mais um pouco em Londres para apostar em uma luta de boxe. Enquanto isso os promotores de luta Turkish (Jason Statham de Carga Explosiva) e Tommy (Stephen Graham de Gangues de Nova York) estão tentando convencer o lutador cigano Mickey (Brad Pitt) a entrar numa luta e perdê-la. Ao mesmo tempo em Nova York, Avi contrata Tony (Vinnie Jones de X-Men - O Confronto Final) para achar Frakie e trazer seus diamantes de volta.
Com várias histórias independentes que se cruzam e um ritmo de tirar o fôlego, esse filme traz todos os ingredientes que um bom longa tem que ter. Os atores estão perfeitos, as tramas engraçadíssimas e o submundo das lutas de boxes britânico é escrachado nessa pequena obra-prima moderna.
Esse foi o segundo filme de Guy Ritchie (Sherlock Holmes) depois do estouro de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes. Guy é o típico diretor que tem uma assinatura muito fácil de identificar nas suas obras, o ritmo de videoclip e a edição primorosa das cenas em câmera lenta alternando com as de velocidade são uma marca sua e aqui ele imortaliza na incrível cena de luta de Micky (Brad Pitt).
Snatch – Porcos e Diamantes é o tipo de filme tem que ver. Se você já viu reveja e se não, ta esperando o que?
sábado, 5 de fevereiro de 2011
O Casamento de Rachel (Rachel Getting Married)
Kym (Anne Hathaway de Amor e Outras Drogas) é uma jovem que saiu há poucos dias de uma clínica de reabilitação e volta para sua cidade natal depois de vários anos para o casamento da sua irmã Rachel (Rosemarie DeWitt de A Luta pela Esperança). Enquanto as duas irmãs têm que lidar com suas diferenças e uma mãe egoísta, Abby (Debra Winger de Laços de Ternura), o casamento precisa ser preparado no meio de vários sentimentos confusos.
Amo esse filme, tem uma história linda e comovente, que mostra que como os pilares de uma família se desestrutura quando falamos de filhos. A família em si, é tão carismática e a mensagem tão tocante que nos envolvemos nessa obra pequena e profunda sobra os sentimentos que nos permeiam em relação familiares. Timaço de atores compõem o elenco e particularmente, só comecei a gostar de Anne, depois desse papel, que considero o melhor de sua carreira até agora.
O longa é dirigido pelo gênio, meu ídolo, o grande Jonathan Demme. Ele ficou mais conhecido no início dos anos 90, quando fez sua contribuição cinematgráfica mais importante, dirigiu De Caso com a Máfia, O Silêncio dos Inocentes e Filadélfia. Com esse três não preciso dizer mais nada sobre o conhecimento e maestria do diretor.
O Casamento de Rachel é uma bela obra sobre o assunto família, drogas e culpa e ao acabar ficamos com um sentimento de otimismo, o que sempre é bom.
Assinar:
Postagens (Atom)