sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Atração Perigosa (The Town)



Durante um assalto a banco, uma quadrilha de ladrões altamente especializados comandada por Doug MacRay (Bem Affleck), acaba pegando a gerente Claire Keesey (Rebecca Hall de Vicky Cristina Barcelona) como refém e depois  Doug começa a ter um relacionamento com ela sem a gerente saber que ele era um dos assaltantes. Ele se apaixona por Claire e resolve largar a vida de bandido, o problema é que seu comparsa e amigo de infância James (Jeremy Renner de Guerra ao Terror) está se tornando cada vez mais violento e fora do controle, o policial do FBI Adam Frawley (Jon Hamm da série Mad Men) está na sua cola e ele ainda tem que fazer um último serviço se quiser largar o crime de vez.

Esse thriller policial muito bem conduzido nos leva a momentos de tensão de roer as unhas, com cenas de ação maravilhosas e diálogos nervosos. A inteligência da história nos deixa cada vez mais interessados e passamos a torcer pelo bandido/mocinho Doug. O elenco está recheado de atores da nova e boa safra de Hollywood e conta até com a atriz Blake Lively (da série Gossip Girl) fazendo Krista, irmã de James, em um papel totalmente diferente e bem feito.

O mais irônico desse filme é que ele foi dirigido, escrito e estrelado por Bem Affleck, que passou os últimos anos sendo duramente criticado pela imprensa sendo até chamado de ator canastrão (parece que todos nós podemos fazer escolhas erradas em nosso trabalho menos os atores para os críticos). Bem aqui ele se redime com um filmaço policial, onde mostra uma direção experiente e uma atuação primorosa. Sabia que Bem sabia contar histórias, afinal ele já ganhou o Oscar de melhor roteiro juto com seu amigo Matt Damon por Gênio Indomável, mas aqui ele mostra várias facetas e todas são boas.

Atração Perigosa veio para mostrar que Bem Affleck é o cara e ainda tem muito a dizer.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

As Aventuras de um Virgem (The Virginity Hit)



Essa é a história de quatro amigos que com uma câmera na mão vão registrar um dos ritos de passagem mais importantes da adolescência: a perda da virgindade. Matt é o único dos quatro amigos que ainda é virgem e seus três amigos vão tentar a qualquer custo que ele perca logo e essa tentativa vai render muitas situações embaraçosas e até a participação de uma estrela pornô.

O mais bacana desse filme é que ele é filmado como se fosse um documentário feito entre amigos, até os nomes dos personagens são os nomes dos atores  na vida real (todos desconhecidos), e que ele  consegue falar de um tema tão batido de forma totalmente diferente, sem nenhum clichê e de um jeito engraçadíssimo. O site Youtube também é uma ferramenta importante no longa, já que nos dias de hoje a humilhação entre quatro paredes pode se tornar pública em questão de minutos, o que mostra que a saga de Matt não vai ser fácil.

Dirigido e escrito por Huck Botko e Andrew Gurland (que também assinam o roteiro de O Último Exorcismo), as filmagens são bem caseiras, mas com um toque sutil, porém muito importante de profissionalismo e o roteiro é genial. Vale lembrar que um dos produtores é o ator Will Ferrell (de Os outros Caras), que é um dos melhores comediantes que a América lançou nos últimos dez anos e que se ele investiu no longa, vai render boas risadas.

Esqueçam American Pie, As aventuras de um Virgem é muito mais sincero e original.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ritmo Acelerado (It’s All Gone Pete Tong)



O DJ Frankie Wilde é uma lenda de Ibiza, sendo considerado o melhor DJ da atualidade. Além de toda a fama, ele é também casado com uma modelo de nome Sonja , tem um filho e vive como um rei na famosa ilha espanhola. O problema é que o vício em cocaína, o círculo de amigos interesseiros e um problema na audição, devido há anos de exposição a música alta, que o leva à surdez, faz com que Frankie suma durante 1 ano do cenário musical, levando à várias especulações sobre o fim da sua carreira e o abandono da sua esposa.  Agora Frankie quer voltar ao topo da sua carreira, mas sem deixar as pessoas saberem que ficou surdo e continuar a tocar nos badalados clubes de Ibiza.

O filme foi feito de forma alternativa, sem atores e diretor famosos e ficou conhecido pelo famoso boca-a-boca que é um dos melhores jeitos de um filme de baixo orçamento estourar. Deu certo, o filme surpreende com um a história muito boa e até participações de DJs conhecidos mundialmente dá um toque bem real para o longa.

Quem dirige e escreve é Michael Dowse, que provavelmente pode ficar mais conhecido em 2011, pois acabou de fazer a comédia americana Take Me Home Tonight com estréia para o ano que vem.

O fato é, assim que acabar de assistir você vai querer ir para uma boa balada e dançar até o amanhecer.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Zumbilândia (Zombieland)



Os Estados Unidos foi invadido por zumbis e um estudante da Universidade do Texas, Columbus (Jesse Eisenberg de A Rede Social), tem que ir até Ohio para ver se encontra sua família. No caminho ele conhece outros sobreviventes como Tallahassee (Woody Harrelson de Onde os Fracos Não Tem Vez, Assassinos por Natureza), um cara que ama matar zumbis e está indo para a Flórida e as irmãs Wichita (Emma Stone de Superbad - É Hoje) e Little Rock (Abigail Breslin de Uma Prova de Amor) que estão indo para Los Angeles.

Zumbilândia é o melhor filme feito de zumbis. Tudo está lá, o suspense, a tensão, a adrenalina e a nojeira total que em uma obra desse tipo  não pode faltar. A história é ágil, moderna, as cenas de ação de primeira (as do parque de diversões são as melhores), os diálogos inteligentíssimos e os atores são o máximo. Já no começo quando Columbus conta que só sobreviveu ao ataque de zumbis por seguir rigorosamente suas 47 regras como “verificar o banco de trás do carro”, “sempre atirar 2 vezes”, “ter uma boa condição física para correr bastante”, você já pressente que o filme promete. Destaque também é a participação impagável de Bill Murray (Encontros e Desencontros, Os Caças Fantasmas) interpretando ele mesmo que é de morrer de rir .

O jovem diretor Ruben Fleischer, mais conhecido por dirigir programas de TV para a MTV e outros, mostra aqui toda a sua bagagem e seu estilo. Lembrou-me um pouco de Tarantino, mas com uma assinatura própria.

Enfim, entretenimento puro! Já foi para a minha lista de prediletos.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Uma Prova de Amor (My Sister's Keeper)



Ana Fitzgerald (Abigail Breslin de Pequena Miss Sunshine) é uma garota de 11 anos que procura um advogado famoso e excêntrico, Campbell Alexander (o sempre ótimo Alec Baldwin de Os Infiltrados), para conseguir o direito de emancipação médica da sua mãe Sara (Cameron Diaz), que quer que Anna doe seu rim para sua irmã doente Kate.

A história é de cortar o coração, chorei do começo ao fim, afinal de contas não deixa de ser um relato de uma garota que está prestes a morrer e como isso modifica sua família.

Um outro ponto muito válido é como nossos valores do que é certo entra em dúvida no decorrer do filme. Cameron Diaz é uma boa surpresa, acostumados em vê-la estrelando comédias românticas e filmes de ação sempre no estilo loira-fatal-descolada, aqui ela está despida de toda a vaidade, muito mais madura, vivendo uma mãe que luta até o fim pela filha. Abigail Breslin que faz Anna só comprova o que quem viu o longa que impulsionou sua carreira já sabia, a menina tem talento nato. O filme ainda conta com Jason Patrick (de Velocidade Máxima 2) que faz o pai das meninas e marido de Sara e a desconhecida Sofia Vassilieva que faz Kate e nos emociona passando muita verdade na sua interpretação sofrida e doce ao mesmo tempo.

O diretor Nick Cassavetes (de O Diário de uma Paixão) e que também assina o roteiro conta uma história simples, mas que nos faz pensar da complexidade da vida, da família, da culpa e das nossas relações.

Prepare o lenço de papel, sofra e chegue a conclusão que precisamos aceitar certas coisas, mas nem sempre o caminho vai ser fácil.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Enterrado Vivo (Buried)



Paul Conroy (Ryan Reynolds de A Proposta) é um motorista de caminhões americano contratado para trabalhar no Iraque. Quando o comboio em que está é atacado, ele acorda enterrado dentro de um caixão com apenas um celular e um isqueiro.

O mais impressionante do filme é que ele se passa todinho com Paul dentro de um caixão e mesmo assim consegue prender a atenção do começo ao fim. O ator Ryan Reynolds está muito verdadeiro vivendo uma situação limite e claustrofóbica, ele está totalmente sozinho e segura a história com maestria, o nosso humor vai mudando igualmente ao do personagem Paul.

O desconhecido diretor espanhol Rodrigo Cortés mostra como uma boa idéia não precisa de muita grana para ser bem feita e tem o êxito de fazer os cortes das cenas tão precisos que o espectador não se cansa de assisitir.

Enterrado Vivo é sobre pensar o impensável e achar força para tentar uma solução.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Ilha do Medo (Shutter Island)



Em 1954, dois agentes do FBI, Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e Chuck Aule (Mark Ruffalo) desembarcam em um hospício situado numa ilha em Boston, para investigar o desaparecimento de uma paciente. Ao longo da investigação Teddy começa a perceber que há algo errado com as pessoas que trabalham no lugar, inclusive com o diretor do hospital, o Dr. John Cawley (Ben Kingsley) que se mostra um médico com métodos pouco confiáveis. Interrogando os pacientes percebe que estão escondendo algo e sua jornada no lugar se torna um pesadelo psicológico.

Quarta parceria do diretor Martin Scorcese com DiCaprio, o filme é um suspense muito tenso, onde o personagem de Leo vai perdendo a noção do que é real e o espectador se perde junto. A sensação de estado de loucura iminente nos leva a um incômodo sufocante.

Scorcese (Infiltrados, Taxi Driver, Touro Indomável) é gênio em todos os sentidos e esse é um filme menor, mas não deixa de ser uma boa obra, repare como ele filma os olhares das pessoas de um jeito desesperador. Quem viu Cabo do Medo já percebeu que o mestre sabe contar uma história de terror.

Ilha do Medo é intrigante e nos deixa inquietos e esse é o sentimento certo que um filme de suspense deve nos proporcionar.